Uma operação da Guarda Nacional Republicana (GNR) nos distritos de Lisboa e Setúbal culminou com o desmantelamento de uma alegada rede criminosa, na passada quinta-feira, com duas pessoas e uma empresa a serem constituídas arguidas por alegadamente emitirem e contabilizarem documentos falsos com o objetivo de fugir ao Fisco na venda de carros usados.
Em comunicado, a GNR afirmou que a suposta rede dedicava-se "à obtenção de vantagens patrimoniais ilegítimas, através da emissão e contabilização de documentos com a intenção de concretizar a evasão e fraude fiscal ao regime do IVA na transação de viaturas usadas, previamente adquiridas no mercado comunitário".
Segundo as autoridades, a investigação concluiu que os alegados crimes ocorriam quando, após a aquisição de viaturas, existia uma "posterior adulteração do regime do IVA aplicado nessas transações por forma a diminuir substancialmente o montante de IVA" a declarar ao Estado.
A operação da passada quinta-feira incluiu 16 buscas, três delas domiciliárias, levadas a cabo por cerca de 30 militares e que terminou com a apreensão de vários documentos referentes à compra e venda de veículos, bem como "diversa documentação contabilística, que sustenta a prova da prática dos ilícitos criminais em causa".
Um homem e uma mulher, de 40 e 50 anos respetivamente, foram constituídos arguidos, assim como uma empresa, ficando acusados dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais, fraude contra a segurança social e falsificação de documentos.
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