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Demissão? "Facilitar a vida ao primeiro-ministro é fazer um bom trabalho"

Apesar de ter sido vaiado por populares à chegada à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, o ministro das Infraestruturas disse estar "confiante" e recusou apresentar, novamente, a demissão a António Costa.

Demissão? "Facilitar a vida ao primeiro-ministro é fazer um bom trabalho"
Notícias ao Minuto

16:32 - 10/06/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Galamba

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, recusou, este sábado, a ideia de abandonar o Governo, referindo que "facilitar a vida" do primeiro-ministro, António Costa, é "fazer um bom trabalho".

Em declarações à RTP, no final das cerimónias oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, o governante disse estar "confiante".

"Sinto-me confiante em fazer o meu trabalho", começou por dizer João Galamba.

Interrogado sobre se não devia sair do Governo, apresentando novamente a demissão, para facilitar o trabalho de António Costa, o ministro atirou: "Facilitar a vida ao primeiro-ministro é fazer um bom trabalho, que é o que eu tenciono continuar a fazer".

Sublinhe-se que estas declarações foram feitas depois de, na chegada à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, João Galamba ter sido vaiado por populares.

Acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, João Galamba chegou ao local onde decorre a cerimónia militar, na Avenida do Douro, por volta das 10h35. Mal foi anunciado pelos altifalantes, os populares presentes no local começaram a assobiar, com alguns a gritarem "ganha vergonha", "vai embora" e outras palavras depreciativas da conduta do ministro João Galamba.

Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, que chegou pelas 10h50, acompanhado pela mulher, Fernanda Tadeu, foi aplaudido.

Recorde-se que João Galamba encontra-se atualmente no centro de uma polémica relativa aos incidentes que decorreram, na noite de 26 de abril, no Ministério das Infraestruturas.

O referido caso envolve denúncias contra Frederico Pinheiro, ex-adjunto de Galamba, por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por "comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades" inerentes ao exercício das funções.

A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.

Hoje, no seu discurso na cerimónia militar, o Presidente da República considerou necessário "cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda", um 'recado' que muitos entenderam ser dirigido ao Governo.

Leia Também: Da "mobilização" à "árvore nova". Partidos reagem ao discurso de Marcelo

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