O detido, de 71 anos, foi acusado de dois crimes de roubo na forma de tentada, depois de não ter conseguido consumar nem o roubo do automóvel e aos seus passageiros, nem o da moradia, cometido com outra pessoa e no qual os proprietários foram agredidos, precisou o Ministério Público da comarca de Faro num comunicado.
A procuradoria do distrito de Faro precisou que, a "19 de maio de 2023, cerca das 15.00, num estacionamento na zona de Paderne, o detido munido com uma pistola, entrou para o banco traseiro de um automóvel, onde já se encontrava o condutor e uma passageira", e ameaçou os ocupantes da viatura com uma arma, ordenando que saíssem do local.
"O condutor iniciou a marcha e imediatamente buzinou para alertar os transeuntes. Enquanto isso, a passageira saiu da viatura. Ato contínuo, sob a ameaça da pistola, o detido obrigou o condutor a também sair da viatura e sentou-se no posto do condutor", acrescentou a mesma fonte, frisando que o homem desconhecia o sistema de mudanças automáticas do veículo e não pôde arrancar.
Na impossibilidade de progredir com o automóvel, e empunhando a arma, acabou por sair da viatura e ameaçar a passageira que tinha deixado o veículo para lhe entregar a carteira, acrescentou o Ministério Público.
O homem voltou a tentar realizar um roubo a 26 de maio, numa moradia isolada de Tunes, no concelho de Silves, "acompanhado por outra pessoa" e envergando passa-montanhas, referiu o Ministério Público.
A mesma fonte salientou que o acompanhante do detido "seguiu para o interior da moradia, tendo desferido coronhadas na cabeça da proprietária que estava à porta da rua" e, dentro da residência, "o detido exigiu 'o cartão e o dinheiro'", pedido que foi recusado pelo proprietário, tendo-se os dois envolvido numa luta que resultou na retirada do passa-montanhas da cabeça do detido e a fuga dos dois homens do local.
"Com inicio em 1985, o detido cumpriu diversas penas de prisão as quais totalizam mais de 18 anos e encontrava-se agora em liberdade condicional", destacou a Procuradoria de Faro, frisando que o Ministério Público requereu a aplicação da medida de coação de prisão preventiva e o pedido "foi deferido" pela juíza de instrução, após o primeiro interrogatório judicial ao detido.
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