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AM de Lisboa recomenda reforço da oferta de estacionamento em Benfica

A Assembleia Municipal de Lisboa apreciou hoje duas petições contrárias sobre colocação de parquímetros da EMEL na freguesia de Benfica, tendo decidido recomendar à câmara que avalie novos locais que possam ser transformados para uma maior oferta de estacionamento.

AM de Lisboa recomenda reforço da oferta de estacionamento em Benfica
Notícias ao Minuto

22:33 - 30/05/23 por Lusa

País Lisboa

Em causa estão duas petições apresentadas por moradores de Benfica, uma a defender a instalação de parquímetros da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) em toda a Zona 9F, que inclui a zona do Calhariz Novo, a Avenida Gomes Pereira e uma parte da Estrada de Benfica, e outra contra a colocação de parquímetros na Zona 9F.

Em sessão plenária, os deputados municipais aprovaram uma recomendação dirigida à câmara para que "avalie conjuntamente com a Junta de Freguesia e a EMEL novos locais que possam ser transformados para uma maior oferta de estacionamento" e que sejam encontradas parcerias com entidades locais que aumentem a oferta de estacionamento dedicado aos moradores.

A recomendação foi aprovada com o voto contra do PCP e os votos a favor de BE, Livre, PEV, PS, PSD, PAN, Iniciativa Liberal (IL), MPT, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega.

O PCP justificou o voto contra por considerar que a recomendação apresentada não reflete "de forma mais veemente" o resultado do referendo sobre o alargamento do estacionamento pago na freguesia de Benfica, em que a maioria dos votantes se manifestou contra, posição que tem o apoio dos comunistas.

O deputado comunista José Sobreda Antunes lembrou que em 21 de março deste ano a assembleia viabilizou uma recomendação do PCP para que a câmara implemente "soluções justas" para resolver a falta de estacionamento na freguesia de Benfica, inclusive a construção de um parque subterrâneo gratuito para os utentes dos transportes públicos.

Em representação da câmara, a vereadora Sofia Athayde (CDS-PP) sublinhou que "este é um assunto controverso", mas assegurou que o executivo municipal está disponível para encontrar alternativas de estacionamento.

A Câmara de Lisboa vai respeitar o parecer do presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques (PS), sobre o alargamento do estacionamento pago, que resulta de um referendo em que cerca de 80% dos votantes se manifestaram contra.

Em 12 de fevereiro, o presidente da Junta de Freguesia de Benfica anunciou que cerca de 80% dos 9.476 eleitores que votaram no referendo recusaram o alargamento do estacionamento pago nesta freguesia lisboeta.

Mais precisamente, os resultados provisórios apontaram para 79,84% votantes contra o alargamento de estacionamento pago e 20,16% a favor, com 0,35% de votos nulos e 0,09% em branco.

Desde o início do processo, o presidente da junta disse que iria "respeitar a opção da maioria dos votantes e dar parecer no mesmo sentido", ficando o posicionamento da junta contra a entrada da EMEL em mais zonas de Benfica.

Na reunião de hoje, os deputados municipais discutiram uma petição "para manutenção dos lugares de estacionamento na zona residencial da Calçada das Lages, junto aos edifícios Tejo III Lotes 1 e 2", que culminou com a aprovação, por unanimidade, de uma recomendação para que a câmara encontre "soluções práticas para suavizar os problemas causados aos cidadãos".

A assembleia analisou ainda uma petição subscrita por residentes do condomínio Nova Campolide que defendem a alteração de traçado do túnel de drenagem do Monsanto -- Santa Apolónia e viabilizou recomendar ao executivo camarário que "seja dado conhecimento aos proprietários dos autos de vistoria efetuados referentes à sua fração, para que os mesmos possam ser assinados antes de serem depositados em notário, sem prejuízo dos processos já concluídos".

Apesar da convicção dos técnicos do LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil que a execução do túnel não vai provocar danos na estrutura dos edifícios, vai ser efetuado um conjunto de prospeções adicionais para garantir conhecimento mais localizado das condições geológicas, "reforçando o sentimento subjetivo de segurança dos moradores quanto à estrutura do edifício", lê-se na recomendação.

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