Bebé britânico morre durante as férias em Portugal. Pais exigem respostas
Família ainda espera saber quando é que o corpo será transladado para o Reino Unido.

© Facebook / Deza Powell

País Hospital de Portimão
Um menino britânico de apenas 10 meses morreu, no dia 19 de maio, no Algarve, onde passava férias com a família, alegadamente, à espera de transferência do Hospital de Portimão para Lisboa.
Os pais exigem agora "justiça" pelo filho e um pedido de desculpas pela forma como foram tratados.
Em entrevista à BBC, Deza Powell e Paul Larochelle, que vivem em Londres, contaram que Adonis estava a "comer e dormir bem" quando chegou a Portugal, mas pouco tempo depois começou a ficar febril.
Quando começou a ter dificuldades respiratórias, no segundo dia de férias, Deza dirigiu-se ao Hospital de Portimão com o filho, onde lhe indicaram que o menino estava com uma infeção pulmonar. Nessa altura, enviaram-no para casa com uma "bomba para a asma, ibuprofeno e paracetamol".
Mas em vez de melhorar, no dia seguinte, o estado de saúde de Adonis piorou.
"Ele dormiu bem, mas de repente começou a chorar. Peguei nele e ele parecia um boneco de pano. Estava tão mole e com os olhos inchados", disse Deza.
Quando voltaram à unidade hospitalar, uma profissional de saúde garantiu a Deza que o filho ia ficar bem, mas não era isso que a britânica estava a ver. "Comecei a chorar porque eles diziam-me isso, mas a respiração do meu bebé estava a ficar cada vez pior", explicou.
A certa altura, o hospital terá informado os pais de Adonis que este "ia ser transferido, de helicóptero, para uma unidade de cuidados intensivos de um hospital maior".
"Passaram duas horas e ele ainda estava lá. A única coisa que eu podia fazer era rezar", disse a mulher à BBC.
Pouco tempo depois e menos de 48h depois de dar entrada pela primeira vez no Hospital de Portimão, Adonis morreu.
Aos pais o hospital terá dito que o menino sofreu uma septicemia, uma infeção generalizada.
Deza e Paul querem agora "apurar responsabilidades" e exigem um "pedido de desculpas". "Queremos que alguém reconheça o erro, ele era apenas um bebé, não merecia isto", afirmou a britânica, visivelmente emocionada.
Entretanto, a família lançou uma angariação de fundos, para contratar um advogado. Além de quererem "respostas" por parte do hospital, pretendem que o corpo do filho seja transladado de Portugal para o Reino Unido, algo que ainda não aconteceu.
Contactado pela BBC, o ministério da Saúde "lamentou profundamente o desfecho deste caso" e enviou "condolências" à família enlutada. Contudo, garantiu que o "SNS prestou os cuidados pediátricos adequados" ao bebé, mas "não foi possível inverter o agravamento da situação clínica".
A mesma fonte adiantou que, apesar disso, "estão a decorrer investigações aos procedimentos adotados".
O Notícias ao Minuto questionou o Ministério da Saúde sobre o tema, aguardando, nesta altura, resposta.
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