É preciso "dinamizar a negociação coletiva e promover o diálogo social"

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Mário Mourão, destacou no seu discurso nas comemorações do 1.º de Maio, as mortes no local de trabalho e os casos de exploração de trabalhadores migrantes.

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Daniela Carrilho com Lusa
01/05/2023 16:11 ‧ 01/05/2023 por Daniela Carrilho com Lusa

Economia

UGT

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) afirmou hoje que o tempo é de mobilização e de luta e garantiu que acionará a cláusula de salvaguarda do Acordo de Rendimentos caso exista um agravamento da situação económica.

Mário Mourão, discursava, esta segunda-feira, na concentração de trabalhadores da UGT para comemorar o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, considerando que é preciso "dinamizar a negociação coletiva e promover o diálogo social das empresas".

"Se assistirmos a um agravamento da situação económica e social do país, não teremos hesitações e acionaremos a cláusula de salvaguarda [do Acordo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade], para que situações passadas não se voltem a repetir, nomeadamente as que fragilizam a situação já precária dos trabalhadores e das suas famílias", disse.

Mário Mourão afirmou que o trabalho neste domínio "não está concluído, há ainda muito a fazer".

"Não aceitaremos que este Acordo se fique pelo papel e que não seja acompanhado por políticas que lhe deem forma e consistência", disse.

"Dizem que desde 2022 até abril deste ano, morreram no local de trabalho 148 pessoas. Saíram de manhã de casa para trabalhar e não regressaram às suas residências. Este é o flagelo que pode e deve ser evitado. E não esquecemos ainda os casos deploráveis de exploração de trabalhadores migrantes, que elegeram como Portugal como destino nas suas vidas e dão um importante contributo ao país. A UGT não deixará de denunciar estes temas e trazê-los à agenda pública", começa por dizer Mário Mourão, em discurso na concentração de trabalhadores da UGT.

O representante sindicalista considerou ainda que é importante "dinamizar a negociação coletiva e promover o diálogo social das empresas".

"Este é o caminho para alterar uma postura patronal, habituada a sacrificar os salários e as condições de trabalho como única garantia do desenvolvimento económico e social", considerou.

[Notícia atualizada às 17h17]

Leia Também: Camarinha garante que luta não vai parar até salários e pensões subirem

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