O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) afirmou hoje que o tempo é de mobilização e de luta e garantiu que acionará a cláusula de salvaguarda do Acordo de Rendimentos caso exista um agravamento da situação económica.
Mário Mourão, discursava, esta segunda-feira, na concentração de trabalhadores da UGT para comemorar o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, considerando que é preciso "dinamizar a negociação coletiva e promover o diálogo social das empresas".
"Se assistirmos a um agravamento da situação económica e social do país, não teremos hesitações e acionaremos a cláusula de salvaguarda [do Acordo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade], para que situações passadas não se voltem a repetir, nomeadamente as que fragilizam a situação já precária dos trabalhadores e das suas famílias", disse.
Mário Mourão afirmou que o trabalho neste domínio "não está concluído, há ainda muito a fazer".
"Não aceitaremos que este Acordo se fique pelo papel e que não seja acompanhado por políticas que lhe deem forma e consistência", disse.
"Dizem que desde 2022 até abril deste ano, morreram no local de trabalho 148 pessoas. Saíram de manhã de casa para trabalhar e não regressaram às suas residências. Este é o flagelo que pode e deve ser evitado. E não esquecemos ainda os casos deploráveis de exploração de trabalhadores migrantes, que elegeram como Portugal como destino nas suas vidas e dão um importante contributo ao país. A UGT não deixará de denunciar estes temas e trazê-los à agenda pública", começa por dizer Mário Mourão, em discurso na concentração de trabalhadores da UGT.
O representante sindicalista considerou ainda que é importante "dinamizar a negociação coletiva e promover o diálogo social das empresas".
"Este é o caminho para alterar uma postura patronal, habituada a sacrificar os salários e as condições de trabalho como única garantia do desenvolvimento económico e social", considerou.
[Notícia atualizada às 17h17]
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