Foi mesmo o dia mais quente de sempre no mês de abril. O recorde de temperatura máxima para o mês de abril foi quebrado, esta quinta-feira, com os termómetros a registar 36,9ºC em Mora, no Alentejo. A informação foi confirmada, esta quinta-feira, pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), numa nota publicada no site.

O novo recorde foi atingido antes das 17h de hoje. De acordo com os registos do IPMA, a temperatura mais alta registada em abril era de 36ºC há 78 anos - a 20 de abril de 1945, na freguesia de Pinhão, em Alijó, distrito de Vila Real. 

"Os novos valores extremos da temperatura máxima do ar em abril de 2023, registados para o território Continental Português" são "resultantes da circulação atmosférica - anticiclone localizado junto à Península Ibérica - que transportou uma massa de ar quente e seca com origem no norte de África, para a região da Península Ibérica", referem os responsáveis na nota. 

Entre as estações meteorológicas que registaram temperaturas mais elevadas hoje destacam-se

• Mora - 36.9º C;
• Amareleja - 36.7 °C;
• Neves Corvo - 36.5 °C;
• Alcácer do Sal - 36.3 °C;
• Alvalade/Sado - 36.2 °C
• Portel - 36.1 °C.

Segundo o instituto, a situação meteorológica que está a influenciar todo o território continental dará ainda origem a uma terceira onda de calor, nomeadamente, nas regiões do Alentejo, Lezíria do Ribatejo e a Beira Interior.

Até às 17h do dia 27 registaram-se novos recordes de temperatura máxima do ar para o mês de Abril:

• Em 61 % das estações foram ultrapassados os valores extremos de temperatura máxima do ar;
• 45 % das estações registaram novos extremos de temperatura máxima do ar, no dia 27;
• Em 11 estações os recordes alcançados no dia 26, foram ultrapassados, hoje dia 27.

Já para sexta-feira e sábado, o IPMA espera uma descida da temperatura máxima em todo o território "e que será mais significativa no litoral Norte e Centro mantendo-se ainda valores entre 28 e 32°C em muitos locais da região Sul".

Estas condições meteorológicas, associadas também a valores baixos da humidade relativa do ar, resultam também num aumento significativo do perigo de incêndio rural.

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