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Porto não vai permitir que traficantes de droga vivam em casas municipais

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, garantiu hoje que a autarquia vai ser intolerante com os que vierem a ser condenados pelo crime de tráfico de droga, não permitindo que vivam em habitações municipais.

Porto não vai permitir que traficantes de droga vivam em casas municipais
Notícias ao Minuto

17:54 - 21/04/23 por Lusa

País Câmara do Porto

"Esperamos que os tribunais atuem de forma célere, e há uma coisa que queria deixar aqui clara: todos aqueles que forem condenados por tráfico não podem viver em casas da Câmara Municipal do Porto", assegurou Rui Moreira, em reação à operação de combate ao tráfico de droga realizada na quinta-feira no Grande Porto, que resultou na apreensão de 11 quilos de estupefacientes e 15 detidos, e permitiu, segundo a polícia, "desfazer uma das principais redes de venda de droga nos bairros da Pasteleira Nova e Pasteleira velha".

Em declarações aos jornalistas, Rui Moreira defendeu que a habitação social é para "os que precisam" e que, tendo em conta os montantes apreendidos na operação policial, "essas pessoas não precisam de viver em casas em que a renda é, em alguns casos, de 12 euros e em média 50 euros".

"Não podem. Não os queremos a viver em habitação social", referiu, dizendo, no entanto, que a autarquia não se baseia em "função de acusações", mas que se os detidos forem condenados o município vai atuar "em conformidade".

"Se as pessoas forem condenadas nós atuaremos em conformidade, como já atuámos no passado e como continuaremos a fazer", disse, defendendo que o município não pode permitir a "perpetuação deste fenómeno".

"É, aliás, o que está previsto na lei e nós vamos implementar isso", referiu.

Questionado sobre quantas pessoas foram proibidas de viver em casas municipais por condenação por tráfico de droga, o autarca afirmou que este é "um problema extraordinariamente limitado".

"São muito poucas pessoas", referiu, notando que a "esmagadora maioria das pessoas que vivem em habitação social não tem nada a ver com isto [tráfico de droga]".

Aos jornalistas, Rui Moreira mostrou-se ainda solidário com trabalho levado a cabo pelo Ministério da Administração Interna (MAI) e a PSP no âmbito da operação de combate ao tráfico de droga realizada na quinta-feira, destacando que os seus resultados confirmam a "preocupação" da autarquia relativamente ao tráfico de droga, que disse estar "instalado" em determinadas zonas da cidade como no bairro da Pasteleira Nova.

"Há um conjunto de apreensões que demonstram que a preocupação que o município do Porto tem revelado e que os munícipes nos vão relatando (...) tem toda a razão de ser", disse, destacando que naquele bairro municipal existe "um problema gravíssimo de ordem pública".

Hoje, em declarações aos jornalistas, o comissário da PSP Sousa Pereira, revelou que dos 11 quilos de droga apreendidos na operação, seis são de cocaína, três de haxixe e dois de heroína, dando para cerca de 62 mil doses individuais.

Além da droga, foram apreendidos 13.000 euros, quatro carros, dois ciclomotores e armas.

Ainda no âmbito desta ação, que envolveu 300 agentes, foi detido o líder de uma das "principais redes de tráfico de droga do Porto", disse.

Além deste líder, foram detidas mais 14 pessoas com "diferentes posições e funções" na rede, nomeadamente colaboradores, gerentes e vendedores.

Os 15 detidos, nove homens e seis mulheres, têm idades entre os 24 e 65 anos, são de nacionalidade portuguesa e, alguns destes, têm já antecedentes criminais pela prática dos mesmos crimes, sublinhou.

O comissário Sousa Pereira ressalvou que, além dos bairros da Pasteleira Nova e da Pasteleira, foram ainda realizadas buscas em Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Maia e Gondomar, no distrito do Porto.

Contudo, das 44 buscas domiciliárias e não domiciliárias, 30 foram nos dois bairros da Pasteleira.

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