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Câmara de Valongo aprova contas de 2022 com prejuízo de 2,3 milhões

A Câmara de Valongo aprovou hoje, com os votos contra do PSD, as contas de 2022, que apresentam um prejuízo de 2,3 milhões de euros, situação que acontece pelo segundo ano consecutivo.

Câmara de Valongo aprova contas de 2022 com prejuízo de 2,3 milhões
Notícias ao Minuto

16:03 - 20/04/23 por Lusa

País Valongo

Em comunicado, a autarquia deu nota sobre a dívida, que aumentou 18,82% em 2022, atingindo o valor de 29.738.688,72 euros, resultando do "acréscimo da componente relativa aos empréstimos a médio e longo prazo, decorrente dos pedidos de libertação de verbas dos financiamentos da Casa da Democracia Local e de investimentos diversos".

Sobre o resultado líquido negativo de 2.311.855,99 euros, a autarquia ressalvou que "o resultado antes de depreciações, amortizações e gastos de financiamento é de 9.392.394,91 euros, o que demonstra que os rendimentos decorrentes da atividade desenvolvida pela autarquia são superiores aos gastos".

Contactada pela Lusa a propósito do prejuízo, fonte da autarquia explicou que, tal como há um ano, quando o resultado então apurado foi negativo em 3,2 milhões de euros, "o desempenho financeiro contempla tudo, o património imobilizado, pavilhões, escolas", e que a câmara tem um "património gigantesco".

Para além disso, acrescentou, "existe ainda a depreciação do património e amortizações", fatores que contribuem para o resultado negativo.

"No que respeita à receita, a execução foi de 71.369.628,02 euros que, face ao orçamento final de 81.862.903,48 euros, representa uma taxa de execução de 87,18%", prossegue o documento que, do lado da despesa exibe "pagamentos no montante de 67.156.209,69 euros com taxa de execução de 82,03%".

"Conseguimos manter a capacidade de investimento e dar resposta aos principais anseios da comunidade", assinala o presidente da câmara, José Manuel Ribeiro, citado pelo comunicado que frisa ter o município no ano passado "cumprido na íntegra a aplicação da regra prevista no art.º 40.º da Lei n.º 73/2013, de 03 de setembro, na sua redação atual (...) que estipula que o orçamento deve prever as receitas necessárias para cobrir todas as despesas".

"Valongo é atualmente um município com boas contas, mais autónomo, mais capaz e com uma situação financeira sólida, o que permite antecipar um futuro ainda mais próspero", afirmou o autarca socialista.

Da parte do PSD, o vereador Miguel Santos discorda e justificou o voto contra devido à "política estratégica de investimento público no concelho que é de uma dimensão insustentável", acusando José Manuel Ribeiro de estar "no último mandado" e, por isso, "gastar anéis e dedos".

"O preocupante é que há um deferimento do próximo ano em termos de compromissos já assumidos de 31 milhões de euros. Não sei como é que o atual presidente da câmara vai conseguir acomodar mais 31 milhões de euros no próximo orçamento, porque não irá haver um milagre de receitas", referiu o autarca, que insistiu no "investimento prioritário nas estruturas económicas e sociais do concelho".

[Notícia atualizada às 16h58]

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