Dissolução da AR? "Se algum dia tiver algo a dizer de diferente, direi"
Sobre o tema, Marcelo Rebelo de Sousa destacou: "Opiniões há muitas. Mas quem tem de decidir é o Presidente" da República.
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Política Presidente da República
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu, esta quinta-feira, que "se algum tiver algo a dizer de diferente" sobre a possibilidade de levar avante a dissolução da Assembleia da República (AR), assim o fará.
Sobre o tema, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à Fundação Champalimaud, que fez acompanhado do homólogo da Letónia, Egils Levits, Marcelo Rebelo de Sousa referiu: "Eu disse o que tinha a dizer na segunda-feira. E está dito. Portanto, se, algum dia, tiver alguma coisa a dizer sobre isso de diferente, direi".
De lembrar que, na segunda-feira, o chefe de Estado tinha já dito que "não faz sentido, neste momento, falar em dissolução" da Assembleia da República, perante o clima de crise económica que se faz sentir na sociedade portuguesa - e apesar das (sucessivas) polémicas que têm surgido em torno da TAP.
"Eu penso que, independentemente daquilo que pensar o Governo e oposição, não faz sentido neste ano decisivo em termos de fundos europeus e neste ambiente geral haver a ideia de dissolução do Parlamento", tinha dito, na altura, o chefe de Estado aos jornalistas.
Além disso, nessa mesma intervenção, o Presidente da República considerou, ainda, ser "natural que as oposições, nomeadamente as oposições à direita, insistam [na dissolução], por causa deste erro, daquele erro, deste erro, daquele episódio" - tendo ainda instado à oposição a empenhar-se a "mostrar que é alternativa".
Já está quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou ter já avançado "qual é a posição do Presidente" da República sobre o tema em discussão, e apontou ainda: "Opiniões há muitas. Mas quem tem de decidir é o Presidente" da República.
Marcelo Rebelo de Sousa recusou-se hoje a elaborar muito mais sobre o tema - apesar de ser questionado, pelos repórteres, sobre como via o facto de o líder do PSD, Luís Montenegro, ter dito que o partido está pronto para ser uma alternativa à maioria absoluta socialista.
Em declarações aos jornalistas na quarta-feira, e questionado sobre a possibilidade de apresentação, por parte dos sociais-democratas, de uma moção de censura ao Governo de António Costa, o principal rosto do partido destacou que o "PSD é a alternativa a este Governo e o PSD e o seu líder estão prontos para governar quando e se o Presidente da República decidir encetar um processo eleitoral" antes de 2026 - data prevista para as próximas legislativas.
[Notícia atualizada às 16h50]
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