O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou, esta quinta-feira, que o fim da obrigatoriedade do uso de máscara nos estabelecimentos e serviços de saúde representa o regresso "à normalidade". Contudo, o governante ressalvou que a medida, aprovada em Conselho de Ministros, não dita o fim da pandemia.

"É, evidentemente, uma boa notícia. Significa que fomos sendo muito cuidadosos no aliviar das medidas [...] e estamos, hoje, muito seguros do ponto de vista técnico de que podemos terminar com esta obrigatoriedade do uso de máscaras, nomeadamente nas estruturas de saúde, nos lares residenciais para pessoas idosas, na rede de cuidados continuados", disse Pizarro, em declarações à imprensa.

O responsável apontou, no entanto, que a medida entrará em vigor "a partir do momento em que o diploma seja publicado".

Contudo, na sua ótica, "a boa notícia é que voltamos à normalidade". "Temos tido a capacidade de aprender que, cada um de nós, quando estivermos doente com uma doença respiratória, Covid-19 ou não, devemos usar máscara para nos protegermos e, sobretudo, aos outros. Haverá sempre espaços onde, de forma transitória ou permanente, será recomendado", recordou.

Ainda assim, Pizarro ressalvou que este não é o "fim da pandemia", que só chegará "quando a Organização Mundial da Saúde o decretar".

"Mas devo dizer que, desse ponto de vista, vivemos um momento muito tranquilo no nosso país, que se deve muito ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus profissionais, mas também se deve muito aos portugueses, que voltaram, neste inverno, a aderir massivamente à campanha de vacinação dirigida às pessoas mais idosas e vulneráveis - voltou a ser um grande sucesso", apontou, acrescentando ser esta uma das razões que "nos permite, com segurança, adotar estas medidas".

De notar que a medida foi anunciada esta quinta-feira, na apresentação das conclusões da reunião do Conselho de Ministros, na qual a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que deixa de ser obrigatório o uso de máscara nas estruturas residenciais, de acolhimento, ou serviços de apoio domiciliário a populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, além das instituições de saúde.

Recorde-se ainda que a Covid-19 provocou mais de 26 mil mortes em Portugal, que foram o resultado de mais de 5,5 milhões de casos.

Esta doença respiratória infecciosa é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado há três anos na China, que se disseminou pelo mundo e assumiu várias variantes e subvariantes.

[Notícia atualizada às 17h46]

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