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"Espero que TdC escreva conclusões tão positivas como as da privatização"

António Pires de Lima disse hoje esperar que o Tribunal de Contas escreva conclusões tão positivas sobre o processo de privatização da TAP que o Governo prepara como as que escreveu sobre o anterior, realizado quando era ministro.

"Espero que TdC escreva conclusões tão positivas como as da privatização"
Notícias ao Minuto

20:14 - 04/04/23 por Lusa

Economia Pires de Lima

Durante uma audição parlamentar na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito de um requerimento do PS, o ministro da Economia entre 2013 e 2015, durante o governo de Pedro Passos Coelho, António Pires de Lima, destacou também que os aviões cujo negócio os socialistas questionam permitiram o reforço de rotas, que se constituiu como um ativo importante para o novo processo de venda.

"Como português, e contribuinte, desejo o maior sucesso ao Governo nesta privatização e que dela escreva o Tribunal de Contas (TdC) para a história conclusões tão positivas como aquelas que escreveu a propósito da privatização de que fui responsável", afirmou.

Destacando as conclusões do TdC sobre a privatização da TAP em 2015, realçou: "Aqui estamos nós, em abril de 2023, quase oito anos passados e 3,2 mil milhões de euros depois consumidos, regressados à casa da partida".

"O Governo, rendido às evidências, apressa-se a anunciar uma nova privatização da TAP da qual fazem parte, como ativo maior, as rotas para América do Sul, EUA e África conquistadas pela gestão privada até 2020 e, ironia das ironias, só possibilitadas pelos 53 aviões eficientes comprados e questionados pelo PS", disse.

Destacou, assim, que "a TAP tem hoje uma frota moderna e eficiente".

O antigo ministro da Economia atribuiu ainda ao governo de José Sócrates o incentivo a um negócio que classificou como ruinoso como o da TAP no Brasil que, defendeu, marcou o futuro da empresa.

"Desde 1998, ano em que era primeiro-ministro o engenheiro Guterres, que era objetivo assumido por todos os governos a privatização da TAP. Todos os governos, enfim... Há talvez uma exceção. A daquele governo que em 2006, incentivando e aprovando um investimento numa empresa de manutenção brasileira, conseguiu que a TAP fizesse um negócio ruinoso no Brasil que de alguma forma marcou o futuro da empresa", afirmou.

António Pires de Lima afirmou-se orgulhoso por, "depois de 17 anos de anúncios e tentativas não consumadas, a privatização da TAP ter sido concluída em 2015 pelo governo" de que fez parte, quando era ministro da Economia.

"A privatização da TAP estava no memorando da 'troika', assinado pelo senhor primeiro-ministro José Sócrates. É justo dizê-lo, no entanto, que o fizemos com a convicção de que era essencial para a sobrevivência e desenvolvimento da empresa e para assegurar também a urgente capitalização da TAP, correspondendo, aliás, aos apelos às vezes lancinantes dos seus administradores", disse.

Socorrendo-se do relatório de auditoria à privatização da TAP realizado pelo TdC em 2018, realçou que as duas avaliações à empresa (uma pela PwC e outra pela Deloitte) apontavam para uma situação líquida negativa da empresa de cerca de 520 milhões de euros.

"Era uma fantasia alguém julgar que a TAP valia centenas de milhões de euros", afirmou.

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