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Protesto em Lisboa termina com violência entre polícia e manifestantes

A grande manifestação desta tarde terminou na Praça do Martim Moniz, onde milhares de pessoas continuaram a protestar pelo direito à habitação. Duas jovens detidas já terão sido libertadas.

Protesto em Lisboa termina com violência entre polícia e manifestantes
Notícias ao Minuto

19:49 - 01/04/23 por Notícias ao Minuto

País Habitação

A manifestação deste sábado em Lisboa terminou da pior forma, com os ânimos a exaltarem-se entre a polícia e manifestantes, que lançou gás pimenta e deteve duas jovens antes de tentar dispersar com bastonadas a multidão, que reagia à detenção.

Imagens captadas pela RTP demonstraram uma grande confusão na zona do mercado oriental, ao lado dos Bombeiros Sapadores de Lisboa, com a polícia situada à porta do estabelecimento e pessoas a atirar objetos e garrafas contra as autoridades.

Testemunhas contaram à televisão pública que o incidente começou quando os polícias detiveram duas raparigas, uma italiana e uma portuguesa, no interior de um estabelecimento.

A certa altura, a polícia investiu sobre algumas pessoas, recorrendo ao uso de bastões e a gás pimenta para dispersar os ajuntamentos.

Os manifestantes continuaram a demonstrar o seu descontentamento, entoando cânticos de revolta e insultando os agentes, mesmo quando as forças de intervenção foram chegando.

Às 20h15, a situação estava mais calma, com centenas de pessoas ainda presentes a protestar contra as forças de autoridade, e as últimas a manter um cordão em torno do estabelecimento. A RTP avança que as duas jovens já foram libertadas e saíram do estabelecimento, juntamente com as suas representantes legais.

Até à altura dos confrontos, a manifestação estava a ser completamente pacífica, com milhares de pessoas a fazerem um percurso entre a Alameda D. Afonso Henriques e o Martim Moniz, num protesto pelo direito à habitação e por rendas mais acessíveis.

Ao longo da tarde houve, no entanto, casos em que alguns manifestantes vandalizaram as fachadas de agências imobiliárias e a marcha foi mesmo desviada antes da chegada ao Banco de Portugal, passando antes por ruas paralelas à Avenida Almirante Reis.

Demonstrações semelhantes foram organizadas em todo o país, em cidades como Porto, Braga, Coimbra e Aveiro, mas a de Lisboa foi a que juntou um maior número de associações, coletivos e líderes políticos.

O Notícias ao Minuto contactou o Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública de Lisboa (COMETLIS), que referiu que as autoridades vão esclarecer a comunicação social mais tarde.

[Notícia atualizada às 20h32]

Leia Também: Milhares em Lisboa descem Almirante Reis em defesa pela habitação

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