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Agência Lusa faz 3.º dia de greve. "Postura de imobilismo parece reinar"

Os trabalhadores da agência Lusa reivindicam menos de 10 euros por cada um dos 12 anos sem aumentos salariais.

Agência Lusa faz 3.º dia de greve. "Postura de imobilismo parece reinar"
Notícias ao Minuto

11:51 - 01/04/23 por Notícias ao Minuto

País Lusa

Os trabalhadores da agência Lusa cumprem, este sábado, o terceiro de quatro dias de greve em luta por salários condignos, reivindicando menos de 10 euros por cada um dos 12 anos sem aumentos salariais.

Num comunicado dos funcionários a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a agência remete ao que aconteceu na sexta-feira, quando "o Partido Socialista chumbou uma proposta do Bloco de Esquerda para aumentar a indemnização compensatória para a Lusa, prevendo aumentos salariais".

"Com isso continuou a inviabilizar uma solução para os trabalhadores, enquanto António Costa deixou trabalhadores sem resposta em Aveiro", lê-se na nota.

O chumbo aconteceu no mesmo dia em que o Ministério das Finanças anunciou um excedente de 2.300 milhões de euros até fevereiro. "Os sindicatos lamentam a postura de imobilismo que parece reinar na resposta aos trabalhadores da Lusa e ao subfinanciamento desta empresa do setor empresarial público, em que os problemas são extensos, da falta de aumentos à persistência da precariedade", esclarece.

Os trabalhadores voltam a lembrar, em altura de fim de semana, "em que tantas redações estão reduzidas a poucos elementos", a agência "assegura um serviço inestimável ao jornalismo e à democracia".

"A linha noticiosa da Lusa fechou na quinta-feira, por indicação da Direção de Informação, e assim se prevê que continue até domingo, mantendo-se um impacto elevado no jornalismo nacional", 

Segundo a nota, "os trabalhadores da Lusa estão sem aumentos salariais reais há 12 anos e reivindicavam 120 euros de aumento". "Depois de uma proposta inicial de 35 euros, a administração chegou aos 74 euros, mas não basta. Os 120 euros pedidos não são muito para tanto tempo sem aumentos, mas os sindicatos baixaram a contraproposta, ratificada em plenário, para os 100 euros", continua.

"Falta a administração e o Governo virem ao encontro destas pretensões", sublinha.

Na sexta-feira, mais de 50 trabalhadores estiveram em protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, e outros asseguraram uma concentração junto à redação do Porto, além da mobilização em Aveiro.

Em Aveiro, foram entregues cartas abertas em mãos ao Presidente da República e ao primeiro-Ministro, explicando os motivos da greve. O Presidente enalteceu a Lusa, o primeiro-ministro que ia ler a carta entregue.

A greve prossegue este sábado e domingo, com a linha fechada, com os trabalhadores a exigir mais respeito e salários que se aproximem "do que realmente merecem pelo serviço público que prestam".

"Esperamos que a Lusa seja um farol na valorização das nossas profissões, pois não há jornalismo de qualidade e de referência com trabalhadores maltratados, com baixos salários e em precariedade", termina o comunicado assinado pelos sindicatos mandatados para negociar pelo plenário de trabalhadores (Sindicato dos Jornalistas, SITE CSRA - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas e SITESE - Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços).

Leia Também: Em greve, trabalhadores da Lusa pedem a Marcelo e a Costa que intervenham

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