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Movimento pelo Direito à Habitação apela a participação em protesto

Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro e Viseu vão receber as manifestações no sábado, 1 de abril.

Movimento pelo Direito à Habitação apela a participação em protesto

Seis cidades do país (Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro e Viseu) preparam-se para, no sábado, 1 de abril, receber manifestações pela Habitação, numa altura em que este é um dos setores que tem recebido mais atenção da sociedade civil, bem como do Governo.

As razões para comparecer nos protestos "são muitas", a situação é "emergente" e "para agravar, o 'Mais Habitação' ontem [quinta-feira] apresentado não é solução e merece contestação". Palavras do núcleo do Porto do 'Porta a Porta - Casa para Todos, Movimento pelo Direito à Habitação'.

"Face ao agravar da situação e as falsas respostas do Governo, mais motivos temos para protestar, apelando à participação de todos os que precisam de uma habitação condigna e a custos acessíveis na manifestação no Porto, às 15h, na Praça da Batalha", lê-se em comunicado, a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

Na missiva, o movimento acusa o Governo de "não travar o aumento das taxas de juro dos créditos à habitação", pelo que, alega, "a banca continuará a aumentar os seus lucros à custa da especulação, ao mesmo tempo que o Governo, com as medidas anunciadas na semana passada, garantiu que a banca continua a receber os juros mesmo que as famílias não consigam pagar por via de transferências diretas do OE para os bancos".

Em simultâneo, "o Governo continua a não tabelar o valor das rendas tendo em conta a tipologia dos imóveis, os rendimentos das famílias e a pressão urbanística da freguesia onde o imóvel se situa, usando para isto recursos do Estado", lamenta o movimento, considerando que, assim, o Executivo "permite a continuidade do aumento dos valores especulativos das rendas".

Na missiva, estes elementos lamentam ainda que o Governo "continua sem criar um plano nacional de arrendamento direto dos imóveis do Estado e de reabilitação dos seus imóveis devolutos, entregando os mesmos à especulação do privado", nem "tomar medidas para resolver o problema da falta e do custo do alojamento estudantil".

"O Governo alimenta o negócio da habitação, garantindo os lucros da banca e dos grandes proprietários, através do aumento dos juros e rendas e com a garantia do pagamento destes aumentos com os recursos do Estado. Tu continuas sem casa e pagas duas vezes", conclui o movimento na missiva.

As manifestações estão agendadas para as 15h00 de 1 de abril e decorrem em:

  • Aveiro (Praça Melo Freitas)
  • Braga (Coreto da Avenida Central)
  • Coimbra (Praça 8 de Maio)
  • Lisboa (Alameda)
  • Porto (Batalha)
  • Viseu (Praça da República)

Na quinta-feira, o Governo anunciou as medidas do programa 'Mais Habitação', dedicado a combater a crise habitacional que o país vive. Entre as medidas estão o fim da concessão de vistos Gold, a aplicação de restrições ao Alojamento Local e o arrendamento coercivo de imóveis devolutos nas zonas com grande densidade populacional.

Leia Também: Jovens manifestam-se em Lisboa contra custo de vida e precariedade

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