Agenda "Mistérios da Páscoa em Idanha" reúne 280 tradições religiosas

A Câmara de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, lançou a agenda dos "Mistérios da Páscoa 2023", publicação que calendariza as 280 práticas quaresmais e pascais que decorrem desde a Quarta-Feira de Cinzas ao domingo de Pentecostes.

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Lusa
29/03/2023 09:56 ‧ 29/03/2023 por Lusa

País

Castelo Branco

A agenda "Mistérios da Páscoa em Idanha 2023" é acompanhada por um DVD, que descreve e calendariza as tradições quaresmais e pascais que acontecem no concelho.

São cerca de 280 práticas e expressões de piedade popular seculares, que se desenrolam ao longo de 90 dias, desde a Quarta-Feira de Cinzas ao domingo de Pentecostes.

"É uma riqueza do nosso povo que é passada de geração em geração, sobretudo através da oralidade. Por isso, é meritório o trabalho desenvolvido nesta agenda, para perpetuar e divulgar os nossos usos, costumes e tradições, um projeto coordenado por António Catana e Alexandre Gaspar", referiu, em comunicado, o presidente do município de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.

A genuinidade das tradições rege todo o processo de revitalização dos Mistérios da Páscoa, que passaram de 160 em 2009 (ano do lançamento da primeira agenda), para cerca de 280 atualmente.

A agenda deste ano acrescenta à abordagem etnológica e ao calendário dos rituais de religiosidade popular (Encomendação das Almas, Martírios do Senhor, Via-Sacra, Santos Passos, Domingo de Páscoa, Ceia dos Doze, entre outras celebrações) um DVD com filmes ilustrativos destas tradições.

Nesta edição, o destaque temático vai para as vivências da Quaresma e da Páscoa em Penha Garcia, incluindo entrevistas às guardiãs penhagarcienses e um DVD com práticas e expressões da piedade popular registadas nesta localidade do concelho de Idanha-a-Nova.

Armindo Jacinto enalteceu ainda as instituições e grupos não formais que preservam estas tradições, participando de uma forma ativa na Páscoa em Idanha.

"Este não é um trabalho da autarquia: envolve as paróquias, as misericórdias, as associações e as comunidades locais que são inexcedíveis na defesa do nosso património", salientou o autarca.

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