"Educação não tem paz. Ministro e secretário de Estado sem savoir-faire"

Um artigo de opinião assinado por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores.

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© Joaquim Jorge

Notícias ao Minuto
28/03/2023 09:23 ‧ 28/03/2023 por Notícias ao Minuto

País

Artigo de opinião

"A Educação não tem paz. O ministério continua a incendiar as relações com os professores.

A última, é que os sindicatos não cumpriram o prazo legal do pré-aviso de greve.

Esta greve é ao “sobretrabalho”, serviço extraordinário, componente não letiva na escola e ao último tempo letivo de cada docente

Estas greves têm um efeito simbólico e de alerta, não incidem sobre atividades consideradas necessidades sociais impreteríveis e por isso bastam cinco dias úteis de antecedência para a apresentação dos pré-avisos.

Eu sei que toda a gente está farta de greves, mas não há outra forma de as pessoas se fazerem ouvir e a opinião pública perceber o que se passa, assim como o que está em jogo.

Ninguém faz greve por birra ou porque lhe apetece. Fazer uma greve dá imenso trabalho e mexe nos bolsos dos professores, já de si vazios.

Este ministro João Costa e o secretário de estado António Leite têm falta de savoir-faire e lisura de processos para se chegar a um entendimento.

Começaram por criar a suspeição de greves ilegais, depois só negociavam sem marcação de greves, entregaram as propostas à hora das reuniões com os sindicatos sem permitir uma análise prévia e ponderada, agora questionam o aviso de greve.

O excesso de exigência cria desobediência. A falta de tolerância, leva à intolerância e crispação.

Numa reunião para se chegar a um acordo têm de haver cedências de parte a parte, e quando uma das partes (ministério) esconde o que propõe até ao início de uma reunião algo vai mal. O Ministério mostra falta de transparência e correção.

O Ministério sempre negociou numa atitude persecutória, pensando no desgaste e divisão dos professores. 

O clima de desconfiança - quererem controlar todo este processo que lhes fugiu das mãos - é inadmissível.

Começo a pensar que vivo numa democracia musculada, dissimulada e de pensamento num só sentido.

Os socialistas, quando as coisas não lhes correm bem ou receiam perder os seus lugares, têm estes tiques e manias fascizantes do tempo da outra Senhora. O Salazar deve estar a rir-se disto tudo."

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