“É uma realidade que a todos deve envergonhar”. É desta forma que a União de Mulheres Alternativa e Resposta, citado pelo Diário de Notícias, descreve o número de homicídios conjugais que se tem verificado nos últimos anos.
Entre 2004 e 2013 foram assassinadas, pelos atuais ou antigos companheiros, 356 mulheres. Só no ano passado morreram às mãos daqueles “com quem um dia pensaram ser felizes” 37 mulheres: baleadas, esfaqueadas, espancadas, asfixiadas, afogadas e até queimadas. Outras 36 foram alvo de tentativas de homicídio.
“Nós, no nosso trabalho, não temos a perceção que o fenómeno esteja a aumentar porque ele vai oscilando de ano para ano. Haverá, talvez, uma maior consciência de que o problema existe”, disse ao Diário de Notícias Elisabete Brasil, coordenadora do Observatório de Mulheres Assassinadas.
A responsável acrescentou ainda que “precisamos de trabalhar a prevenção da não violência e trabalhar a igualdade de género desde tenra idade”.