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Incêndio no 'Greta K' deixa "fatores de preocupação em termos ambientais"

Um dos responsáveis da Autoridade Marítima Nacional fez um balanço sobre o incêndio que deflagrou na terça-feira num navio, na Foz do Douro, distrito do Porto.

Incêndio no 'Greta K' deixa "fatores de preocupação em termos ambientais"
Notícias ao Minuto

11:37 - 22/03/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Porto de Leixões

O Capitão Rocha Silva, da Autoridade Marítima Nacional (AMN) fez, esta quarta-feira, um balanço acerca do navio sobre o incêndio que deflagrou ontem no navio 'Greta K', na Foz do Douro.

O responsável sublinhou que o incêndio se mantém controlado, mas que é preciso verificar a "origem dos fumos que ainda se verificam" na embarcação.

"Sabemos que teve origem e ficou confinado ao espaço de máquinas, tendo-se de imediato posto em funcionamento o procedimento para estes casos, que é o isolamento completo do compartimento, fechando-se tudo o que possa deixar entrar ar e combustível e é disparado um circuito fixo de combate aos incêndios para se fazer a extinção automática", disse.

Em declarações aos jornalistas o responsável da AMN referiu que a questão ambiental é uma preocupação. "O navio transporta cerca de cinco mil toneladas de combustível para aviões e cerca de 13.500 toneladas de gasóleo", especificou, acrescentando que a situação poderia ser mais grave se a embarcação transportasse crude.

"Não deixam de ser fatores de muita preocupação em termos ambientais", salientou.

Questionado sobre que dispositivos estavam em ação para tratar da questão da poluição, o responsável referiu que atualmente existe um reforço de materiais e pessoas que estão a tentar travar a propagação da poluição. "Permitem, com barreiras oceânicas, isolar o navio, não permitindo a passagem de qualquer foco de poluição. Estamos preparados", referiu. 

Ainda quanto ao 'cadastro' da embarcação, o capitão referiu que esta foi construída em 2016 e "obedecerá em princípio a todos os requisitos técnicos". "Não tem histórico de qualquer incidente deste género", rematou. 

As causas do incêndio são ainda desconhecidas e serão investigadas em sede, de acordo com o que disse o responsável. Atualmente, uma fragata "aproxima-se" do navio por forma a que seja possível verificar as condições para que o navio onde deflagrou o incêndio seja rebocado até ao Porto de Leixões, no Porto.

Segundo o capitão Silva Rocha, o navio encontra-se a cerca de 20 quilómetros da linha de costa, a ser assistido por dois rebocadores portuários, uma embarcação salva vidas e uma embarcação da Polícia Marítima.

"No início da manhã chegou ao local a fragata da Marinha Portuguesa Corte-Real, que acabou por embarcar o comandante e os outros dois outros tripulantes que se mantinham no rebocador próximo do navio, os quais prestaram a assessoria e informação necessária às equipas técnicas para que se possa fazer no início da tarde uma primeira entrada e uma verificação dos parâmetros de segurança da plataforma", disse o responsável.

[Notícia atualizada às 13h12]

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