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Diretor do SNS rejeita discordância com ministro na urgência de Loures

O diretor executivo do SNS rejeitou hoje que o ministro o tenha desautorizado na decisão do encerramento aos fins de semana da urgência pediátrica do Hospital de Loures, assegurando que existe "uma comunhão de políticas".

Diretor do SNS rejeita discordância com ministro na urgência de Loures
Notícias ao Minuto

14:18 - 15/03/23 por Lusa

País SNS

A questão foi levantada hoje na Comissão de Saúde pelo deputado do PSD Pedro Melo Lopes na qual afirmou que a decisão anunciada pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde de que a urgência pediátrica do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, fecharia aos fins de semana "veio a ser contrariada" pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

"Nós vimos ontem [terça-feira] o autarca da região indignadíssimo a dizer que o ministro diz uma coisa e o diretor executivo diz outra", criticou Pedro Melo Lopes, considerando que "há um desnorte a reinar nos altos responsáveis da saúde em Portugal".

Dirigindo-se aos deputados, Fernando Araújo disse que "não ouviram corretamente" o que o ministro da Saúde disse, nomeadamente que a urgência pediátrica fechou à noite e aos fins de semana por falta profissionais e não por programação.

"Isto é, neste momento, o sistema está de tal maneira frágil que tem tempos diferentes daqueles que nós queremos", explicou Fernando Araújo, recordando que a reorganização das urgências nas regiões metropolitanas do Norte, "que tanto falam", demoraram nalguns casos dois a três anos a serem feitas e estão agora a ser feitas "em poucos meses, até poucas semanas, porque o tempo é curto".

Portanto, sustentou, "o que o senhor ministro disse é verdade. Ela [a reorganização da urgência pediátrica] aconteceu não por uma programação, mas por falta de recursos".

"a segunda parte que o senhor ministro disse também é verdade. O que ele pretende, naturalmente, é que nós consigamos, nessa urgência, abrir ao fim de semana e de dia, todos nós pretendemos isso. Neste momento não é possível, não temos recursos suficientes e, portanto, o plano indicou como não estando aberta", salientou.

Fernando Araújo reforçou que vão trabalhar para abrir permanentemente esta urgência pediátrica, nomeadamente quando houver um aumento da procura: "Nessa altura queremos que estas urgências estejam abertas", declarou, ressalvando que vão trabalhar também para abrir a urgência de Setúbal aos fins de semana durante o dia.

"O nosso objetivo é trabalhar para esse fim", reiterou, sustentando que o plano de reorganização das urgências pediátricas de Lisboa e Vale do Tejo "é dinâmico".

Portanto, vincou, "a desautorização não existe. Existe uma comunhão de políticas para trabalharmos para o mesmo objetivo que é prestar melhores cuidados de toda a população e isso faz-se através de reformas", realçou Fernando Araújo.

O responsável disse ainda não ser possível ter "portas abertas em todo o lado". "Não é [possível] nem é desejável", comentou, assinalando que isso não acontece em nenhum país do mundo.

"Vão ver nos países mais ricos e nas capitais dos países mais ricos quantas portas existem do ponto de vista do serviço de urgência abertas à noite de algumas especialidades e se calhar vão ficar surpresos com a realidade", disse aos deputados na Comissão de Saúde, onde está a ser ouvido, a pedido do PCP e do Chega, sobre a falta de profissionais, o programa do Governo para assegurar a dotação de serviços, a valorização de profissionais e sobre o funcionamento da própria Direção Executiva do SNS.

Leia Também: Diretor Executivo do SNS reúne com diretores de urgência de Loures

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