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Militares que se recusaram a embarcar "substituídos com máxima brevidade"

A Marinha vai avançar com processos disciplinares aos 13 militares que se recusaram a embarcar no 'NRP Mondego' e remeteu à Polícia Judiciária Militar a informação sobre o incidente.

Militares que se recusaram a embarcar "substituídos com máxima brevidade"

"Estes 13 militares que não cumpriram com as suas funções vão ser substituídos", revelou, esta terça-feira, um porta-voz da Marinha Portuguesa, assegurando que se trata de um "procedimento normal".

Em declarações à RTP, José Luís Sousa garante que os "13 militares - quatro sargentos e 9 praças - vão ser substituídos com a máxima brevidade". "Uns já foram identificados, outros não", acrescentou.

Os substitutos, poderão estar noutros navios ou em unidades em terra, sendo que a Marinha está a avaliar as opções. 

Questionado sobre se estes militares serão suspensos, o porta-voz garante que enquanto decorrerem as averiguações de âmbito disciplinar, "irão cumprir com as suas funções com normalidade", mas "noutras unidades". 

Sobre as condições e alegada falta de segurança, José Luís Sousa diz não conhecer em detalhe as limitações, e que estes navios são "plataformas altamente complexas". Por fim, sobre o desinvestimento financeiro na Armada, o porta-voz recusou-se a responder. 

De acordo com um documento elaborado pelos 13 militares em questão, a que a Lusa teve acesso, no sábado à noite o 'NRP Mondego' recebeu ordem para "fazer o acompanhamento de um navio russo a norte do Porto Santo", numa altura em que as previsões meteorológicas "apontavam para ondulação de 2,5 a 3 metros".

Segundo estes 13 militares, o próprio comandante do 'NRP Mondego' "assumiu, perante a guarnição, que não se sentia confortável em largar com as limitações técnicas" do navio. Entre as várias limitações técnicas invocadas pelos militares constava o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais.

Esta ação levou a Marinha a considerar que os 13 operacionais "não cumpriram os seus deveres militares, usurparam funções, competências e responsabilidades não inerentes aos postos e cargos respetivos".


"Estes factos ainda estão a ser apurados em detalhe, e a disciplina e consequências resultantes serão aplicadas em função disso", referiu a Marinha, numa nota enviada à agência Lusa.

O ramo confirmou também que o 'NRP Mondego' estava com "uma avaria num dos motores", mas referiu que a missão que ia desempenhar era "de curta duração e próxima da costa, com boas condições meteo-oceanográficas".

No que se refere às limitações técnicas, a Marinha referiu que os navios de guerra "podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança", uma vez que têm "sistemas muito complexos e muito redundantes".

[Notícia atualizada às 17h08]

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