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Abusos sexuais? Igreja "tem de indemnizar" vítimas se for condenada

O arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, defendeu hoje que, se a Igreja Católica for condenada pela justiça, "tem que indemnizar" quem sofreu abusos sexuais, mas deve estar sempre ao lado das vítimas.

Abusos sexuais? Igreja "tem de indemnizar" vítimas se for condenada

© Lusa

Lusa
08/03/2023 20:11 ‧ há 2 anos por Lusa

País

Abusos

"Se a Igreja, como instituição, tiver responsabilidades e for chamada a indemnizar, claro que tem que indemnizar. Quanto? É o poder judicial que o diz", afirmou o prelado alentejano, ao ser questionado pelos jornalistas em Évora.

Senra Coelho, que prestava declarações na sua residência, explicou que, em termos jurídicos, "é o Tribunal que define a indemnização", insistindo que, "se a Igreja tiver, num julgamento, que indemnizar, claro que tem que indemnizar".

"Se me pergunta se a igreja tem que apoiar, tem que ajudar a vítima, tem que estar com o sofrimento da vítima, não é Igreja se não fizer", assinalou.

Esse apoio, através do pagamento de uma "operação, consultas ou levar a pessoa a um médico no estrangeiro, se for preciso", exemplificou o prelado alentejano, "não é uma indemnização no sentido estrito do termo jurídico".

O arcebispo de Évora falava no dia em que foi divulgado o afastamento cautelar de um padre de funções e a abertura de uma investigação a uma denúncia de alegados abusos de menores pelo sacerdote, na década de 1980, no Seminário Menor de São José, situado em Vila Viçosa.

Questionado pela Lusa, esta semana, o advogado Miguel Matias considerou, acerca dos abusos sexuais na Igreja Católica, que se uma instituição tiver um dever concreto de vigilância e proteção de crianças pode ser responsabilizada, se não tiver tomado as medidas adequadas.

Na sexta-feira, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, remeteu eventuais indemnizações às vítimas de abusos sexuais para os seus autores, indiciando que não haverá lugar a indemnizações por parte da instituição.

Leia Também: Abusos na Igreja? "Com pormenores podemos dar início a processo"

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