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Sindicato da PSP pede ao MAI alteração de tabelas remuneratórias

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu hoje ao Ministério da Administração Interna (MAI) que seja aberto um processo negocial com os sindicatos da PSP para alteração das tabelas remuneratórias.

Sindicato da PSP pede ao MAI alteração de tabelas remuneratórias
Notícias ao Minuto

13:38 - 08/03/23 por Lusa

País PSP

Num ofício enviado ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a que Lusa teve acesso, a ASPP defende que um agente em início de carreira deve passar dos atuais 899 euros para um ordenado base de 1.215 euros, além dos subsídios.

A ASPP justifica as alterações das tabelas remuneratórias dos polícias com os "momentos graves do ponto de vista do equilíbrio, funcionamento e capacidade de resposta" que a PSP atravessa devido a "um efetivo envelhecido, saturado, desmotivado, cansado, com missões alargadas, com constantes cortes de folgas e trabalho suplementar".

"A missão policial é cada vez mais arriscada, complexa e exigente. A PSP já não tem capacidade de manter os números de candidatos que respondam às necessidades, o direito à pré-aposentação está a ser colocado em causa há sete anos, os profissionais da PSP pretendem, cada vez mais, abandonar a instituição e procurar outros projetos de vida. Dentro das respetivas carreiras há também incongruências e constrangimentos vários a sanar", salienta o maior sindicato da PSP.

No ofício enviado à tutela, em que ASPP apresenta uma proposta para todas categorias, desde agentes a oficiais, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia sustenta que a realidade salarial da PSP está "abaixo do necessário, tendo em referência as particularidades desta profissão" e considera ser um problema que "não é resolvido por medidas assistencialistas ou de alteração de requisitos de admissão".

Para a ASPP, as retificações salariais feitas este ano "não corresponderam a nada do que seria necessário e sobretudo à mais elementar justiça, não foram acolhidas quaisquer propostas dos sindicatos e o resultado dos valores surgiu de uma negociação que em nada alcança a realidade da PSP".

"A valorização salarial na PSP, a dignificação dos seus profissionais (agentes, chefes e oficiais) e a criação objetiva de condições de trabalho é e será a única resposta que se impõe para que a PSP possa ser atrativa, para quem pretenda abraçar esta profissão, mas também para aqueles que, legitimamente, almejam evoluir na carreira", refere.

Este sindicato da PSP considera também que o Governo "tem todas as condições para dar um passo nesta matéria e resolver um problema que já existe, que se agrava a cada dia que passa, mas que insistentemente se pretende esconder ou adiar".

A ASPP chama ainda atenção para a falta de atratividade e de candidatos para a PSP, dando como exemplo o último concurso de formação de agentes que começou em dezembro.

Segundo a ASPP, as vagas para este curso era de 1.020, começou com 648 formandos e em fevereiro 570 recrutas estavam a frequentar o curso de agentes.

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