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Greve de pessoal não docente com adesão acima de 85%, diz sindicato

A greve dos trabalhadores não docentes está a ter uma adesão superior a 85%, apesar de as escolas permanecerem abertas devido aos serviços mínimos, segundo dados da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS).

Greve de pessoal não docente com adesão acima de 85%, diz sindicato
Notícias ao Minuto

10:35 - 03/03/23 por Lusa

País FNSTFPS

"O impacto da greve de hoje é igual ao das outras greves, ou seja está acima dos 85%. Os trabalhadores estão em greve mas como foram convocados serviços mínimos para uma outra greve, convocada por um sindicato oportunista, estas pessoas têm de estar nas escolas", contou à Lusa Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS).

As criticas de Artur Sequeira feitas hoje à porta da Escola Artística António Arroio, em Lisboa, dirigiam-se ao Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), que iniciou uma greve em 9 de dezembro para professores e pessoal não docente.

Em resposta a essa greve, o Ministério da Educação solicitou a convocação de serviços mínimos que foram aceites pelo colégio arbitral que decidiu que as escolas tinham de dar três horas de aulas por dia aos alunos, além de refeições ou garantir a segurança dos alunos dentro dos estabelecimentos escolares.

Para Artur Sequeira, esta medida obriga à presença dos funcionários que hoje estão nas escolas mas em protesto por medidas como aumentos salariais, a criação de uma carreira especifica, que foi extinta em 2008, ou o regresso destes trabalhadores para o Ministério da Educação, tal como acontece com os professores.

"Os trabalhadores pertencem todos às câmaras municipais mas trabalham nas escolas, o que pode significar que um dia estão aqui e noutro estão a trabalhar no cemitério municipal", exemplificou Artur Sequeira, sublinhando que o trabalho feito nas escolas pelos trabalhadores não docentes também exige uma formação especial uma vez que lidam diariamente com crianças e jovens.

A federação exige ainda a revisão da atual portaria de rácios, que define o número de funcionários de cada escola, que na opinião de Artur Sequeira deverá passar a contemplar situações como o contexto social em que se inserem as escolas ou a idade dos trabalhadores.

"Se as pessoas têm 62 ou 63 anos não se pode esperar que consigam desempenhar as mesmas funções que um jovem de 25 anos", exemplificou, sublinhando que esta é também uma classe envelhecida, à semelhança do que acontece com os professores.

Além da greve do pessoal não docente, hoje decorre também uma greve de professores das escolas dos distritos a sul de Leiria, que foi convocada pela plataforma de nove estruturas sindicais, entre as quais a Fenprof e a FNE, assim como continua a greve iniciada pelo STOP em dezembro que engloba todos os trabalhadores das escolas.

Leia Também: Trabalhadores não docentes e professores estão hoje em greve

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