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Guerra será "uma realidade que todos gostarão de evitar", diz Marcelo

O Presidente da República recordou hoje que, em 2024, vão decorrer as eleições europeias e as presidenciais nos Estados Unidos da América e considerou que a guerra será "uma realidade que todos gostarão de evitar".

Guerra será "uma realidade que todos gostarão de evitar", diz Marcelo
Notícias ao Minuto

15:05 - 23/02/23 por Lusa

País Marcelo Rebelo de Sousa

Numa conferência de imprensa no Palácio de Belém, em Lisboa, com a Presidente da Hungria, Katalin Novák - que se encontra numa visita de Estado a Portugal -, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que o período que se vai viver nos próximos meses na Ucrânia "é decisivo".

O chefe de Estado salientou que vai começar o degelo, o que "significa que é um período em que é mais fácil o cenário de guerra clássica com intervenção, nomeadamente de carros de combate".

Acresce, segundo o Presidente da República, que se trata de um período em que, "olhando para as declarações de um lado e de outro, é muito importante haver sinais de vitória no terreno a pensar naquilo que é a situação depois do verão, no outono ou no inverno deste ano".

Por outro lado, o Presidente da República lembrou também que, em 2024, vai haver eleições presidenciais nos Estados Unidos da América e também eleições para o Parlamento Europeu.

"Em ambos os casos, todos temos a noção de que haver uma guerra ao mesmo tempo que há eleições tão fundamentais como a americana e a europeia é uma realidade que todos gostarão de evitar", destacou.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou assim que é precisamente por estes motivos que o atual período é um "período decisivo".

"Por razões que têm a ver com as condições do terreno, mas têm a ver com o contexto político e o calendário político e eleitoral daqueles que estão direta e empenhadamente envolvidos numa situação que todos temos acompanhado e que amanhã faz um ano", disse.

Nesta conferência de imprensa conjunta, o Presidente da República referiu que a guerra na Ucrânia foi o "tema principal" que discutiu com a sua homóloga da Hungria, uma vez que é "central nas preocupações a nível mundial e, em particular, a nível europeu".

Neste contexto, os dois chefes de Estado repetiram "as posições" que ambos os países adotaram, reiterando Marcelo que a invasão da Ucrânia pela Rússia violou "os princípios do direito internacional, a soberania de um Estado, a sua integridade territorial e, portanto, os princípios da Carta das Nações Unidas".

"Isso foi dito há um ano. Mantemos a mesma posição hoje", sublinhou.

Segundo o Presidente português, Portugal e a Hungria "têm acompanhado" a situação na Ucrânia, estando sempre "solidários" com o país, seja no quadro da União Europeia, seja da NATO.

"Temos a noção dos custos da guerra para todos e, em primeiro lugar, naturalmente, para os povos que sofrem essa guerra e muito em particular o povo ucraniano, e temos a noção de que o período que estamos a viver, e vamos viver nos próximos meses, é um período muito importante para a evolução da guerra", reiterou.

Neste contexto, Marcelo referiu que, tanto Portugal como a Hungria, mantêm "sempre aberto o caminho do multilateralismo", Budapeste através da sua intervenção "numa área geográfica muito sensível" e Lisboa com as "ligações intercontinentais" da sua diáspora e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Fomos sensíveis aos efeitos da guerra na vida dos nossos, como na vida de outros povos, (...) mas temos a noção de que o ponto central é político e tratámos, por isso, esse ponto de uma perspetiva política", salientou.

No período de perguntas e respostas, Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado se fez "pressão" para que Budapeste ratificasse a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO - em conjunto com a Turquia, a Hungria é o único país que ainda não deu 'luz verde' ao processo.

Na resposta, o Presidente da República disse que não teve necessidade de "fazer nenhuma pressão sobre aquilo que é o exercício de poderes soberanos pela Hungria, quando a Hungria já disse que há um calendário parlamentar em curso relativamente a essas decisões".

"Portanto, eu verifiquei aquilo que todos conhecem, sem necessidade de qualquer tipo de intervenção, que seria sempre uma intervenção evitável, tratando-se do funcionamento das instituições de um país aliado e amigo", referiu.

[Notícia atualizada às 16h04]

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