Câmara de Oeiras garante que alargamento da ribeira de Algés vai avançar

O presidente da Câmara Municipal de Oeiras garantiu hoje que o alargamento da ribeira de Algés vai avançar, obra que pretende evitar cheias na Baixa de Algés, como as que ocorreram em dezembro de 2022.

presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais

© Global Imagens

Lusa
13/02/2023 22:13 ‧ 13/02/2023 por Lusa

País

Oeiras

Durante a cerimónia de entrega dos primeiros apoios municipais a comerciantes locais afetados pelas cheias de dezembro de 2022, realizada hoje, o autarca Isaltino Morais (independente) afirmou que está "encaminhada" a solução para evitar o "refluxo" da ribeira.

"Perante a mediatização da situação atual, foi possível à câmara reunir com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e parece que as coisas estão encaminhadas para finalmente se avançar com a regularização da ribeira", explicou Isaltino Morais, afirmando que a solução passa por "duplicar" dois troços do curso de água.

Já em declarações à agência Lusa, o autarca detalhou que a parte da ribeira entre a Praça D. Manuel I e a linha de caminho-de-ferro já foi alargada aquando da construção do viaduto da CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa), faltando aumentar os troços entre o Largo Comandante Augusto Madureira e a praça, e entre a linha de comboios e a foz.

"Resolvendo este problema, esta zona vai funcionar muito melhor porque não haverá refluxo", garante, pois o último troço é mais "estreito", o que leva a uma maior concentração de água a montante, argumentou.

Nesta altura, "está-se a negociar com a APA a revisão do projeto", apontou o presidente da câmara localizada no distrito de Lisboa, estimando o custo das obras entre a linha de comboios e a foz até cinco milhões de euros.

Isaltino Morais remeteu a coordenação da obra para o Estado, visto tratar-se de uma ribeira intermunicipal, e diz ainda que o município está disponível para pagar metade do investimento.

Sobre os apoios que o Governo se comprometeu a atribuir, na sequência dos prejuízos registados pelas autarquias decorrentes das cheias de dezembro de 2022, o autarca independente disse que o executivo nacional "ainda não decidiu como dará esses apoios", pelo que avançou com apoios municipais, que são mais "flexíveis".

Em janeiro, o Governo anunciou que o mau tempo registado entre o final de 2022 e o início de 2023 causou prejuízos de 293 milhões de euros no território continental, ascendendo o volume de apoios a conceder a cerca de 185 milhões de euros.

Oeiras estabeleceu um fundo de 1,5 milhões de euros destinados a comerciantes e hoje pagou os primeiros apoios entre 21 candidaturas, fazendo chegar os restantes pagamentos nos próximos dias, embora o município aceite mais pedidos de ajuda por parte de comerciantes até abril.

As cheias e inundações que ocorreram em dezembro do ano passado afetaram em particular, neste concelho, a Baixa de Algés, onde morreu uma mulher.

O presidente da autarquia apontou como principais obras em curso a reconstrução de um muro no Dafundo, que levou ao condicionamento da circulação automóvel, com um custo estimado de um milhão de euros, e a recuperação do Centro de Saúde de Algés, num investimento de 500 mil euros.

Apesar de esta infraestrutura estar num leito de cheia, Isaltino morais garantiu que o centro de saúde não será deslocalizado porque "faz falta em Algés" e "tem de estar próximo das pessoas", estando agora protegido com um taipal.

Leia Também: Oeiras e Marinha juntam-se para requalificar Aquário Vasco da Gama

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