Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
16º
MIN 11º MÁX 18º

"Na dúvida, o Governo festeja"

‘O que é Portugal’ é o título da crónica que Ricardo Araújo Pereira assina hoje na revista Visão e serve de mote para explicar quão difícil é “determinar a distância exata entre o que Portugal é e o que Portugal não é”. Isto porque, refere o humorista, “com muita frequência, Portugal é e não é a mesma coisa” mas “aproveitamos e fingimos”.

"Na dúvida, o Governo festeja"
Notícias ao Minuto

13:11 - 15/05/14 por Ana Lemos

País Ricardo Araújo Pereira

“Entre o que Portugal é e o que Portugal não é, talvez se encontre o que Portugal realmente seja. Vamos todos fingir que esta frase faz sentido. Aproveitamos e fingimos, além disso, que Portugal também faz sentido. O português é um fingidor. Em princípio, vamos conseguir”.

Esta é a temática do artigo que o humorista e comentador Ricardo Araújo Pereira assina hoje, na revista Visão, e no qual afirma ser “muito difícil determinar a distância exata entre o que Portugal é e o que Portugal não é uma vez que, com muita frequência, Portugal é e não é a mesma coisa”.

“Segundo se diz, a troika vai sair de Portugal no dia 17 de maio. Uma vez que o Governo desejava ir além da troika, não deveria sair primeiro, e para mais longe? E, no entanto, não sai” e porquê? Por tratar-se de "uma saída que acaba por não ser uma saída", visto que, “ao que parece, a troika vai ficar a ‘monitorizar-nos’ durante mais 20 anos”.

E, acrescenta o mentor dos 'Gato Fedorento', "O Governo, que festejou a vinda da troika, agora festeja a saída da troika. Na dúvida, o Governo festeja”.

Mas Ricardo Araújo Pereira, lembra outras ‘incongruências’, como quando “o Governo disse que a chegada da troika era fundamental para a salvação do país”. Agora, sublinha, “diz que a alegada partida da troika é fundamental para a salvação do país”, certo é, ironiza ainda, que “Portugal está predestinado à salvação, aconteça o que acontecer”.

O humorista considera ainda no seu artigo que “é igualmente complicado determinar o que Cavaco é”. Isto porque, ora “é um político que diz abominar políticos”, ora “apela ao consenso e à união e, mal o Governo anuncia a saída limpa, publica uma azeda provocação aos que previram o segundo resgate”, ora “anuncia que preferia um programa cautelar (…) e agora congratula-se com uma saída limpa”.

“Aqui, o que é, ao mesmo tempo também não é”, conclui Ricardo Araújo Pereira, acrescentando que “estamos ocupados a ser e a não ser, ao mesmo tempo, e isso não levanta questão nenhuma. É um tudo ao molho existencial” e “não há tempo para perguntas parvas”.

Leia aqui o artigo na íntegra.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório