"Se os partidos tiverem uma votação muito pequena têm forçosamente de sair do poder", argumentou o antigo militar, questionando qual a "legitimidade para se aguentar no poder" o PDS/CDS-PP "se não ultrapassarem os 20%".
Num almoço/debate na Associação 25 de Abril, em Lisboa, no qual compareceram cinco cabeças de lista dos partidos sem representação parlamentar, Vasco Lourenço, instou a que se mostre o "cartão vermelho aos partidos que neste momento estão em exercício no poder", ou seja, "ao bando de mentirosos".
"Um cartão vermelho para nos ajudar a correr com esses fulanos do poder", repetiu Vasco Lourenço, também presidente da Associação 25 de Abril, criticando que o voto nos partidos seja semelhante à pertença de clubes de futebol: "mesmo que desça de divisão as pessoas não mudam de clube".
"Por muitas asneiras que façam enquanto estão no poder, as pessoas continuam a votar. Mas têm de nos ajudar a dar a volta ao texto", apelou Vasco Lourenço, na sua intervenção, acrescentando que apesar de não estarem em causa eleições legislativas, o Executivo deve fazer uma leitura dos resultados.
No debate com os líderes das listas do PTP, PDA, PCTP/MRPP, PND e POUS, Vasco Lourenço afirmou ainda que a subida da extrema-direita é "responsabilidade de quem está no poder" devido às suas decisões e desejou que em Portugal essa ideologia "continue sem qualquer capacidade de intervenção eleitoral".
Estes Animados Almoços Ânimo vão repetir-se e a 20 de junho deverá comparecer local Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República.
O antigo militar destacou estas iniciativas como parte das "comemorações para recuperar os valores de Abril".