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Prisão preventiva para suspeito de ameaçar matar Presidente da República

Foi decretada prisão preventiva para o suspeito de ter enviado uma carta com uma bala no seu interior a Marcelo Rebelo de Sousa.

Prisão preventiva para suspeito de ameaçar matar Presidente da República
Notícias ao Minuto

17:20 - 25/01/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Justiça

O homem detido por ameaçar matar o Presidente da República vai ficar em prisão preventiva no Hospital Prisional de Caxias, onde terá de realizar exames para aferir da sua sanidade mental, disse à Lusa fonte judicial.

O suspeito, ex-militar de 40 anos que tem cadastro e era procurado desde outubro do ano passado, ficará detido na ala psiquiátrica do hospital prisional de Caxias, avança a CNN Portugal.

Esta foi a medida de coação determinada pelo juiz de instrução criminal (JIC) que realizou o interrogatório do arguido.

"Francamente, o tribunal foi equilibrado, tomou a decisão e percebeu que isto não é um caso de polícia, mais de saúde mental que tem de ser tratado. Vão ser feitos mais exames e vamos ver a medida de coação adequada", disse à saída do tribunal o advogado do detido, Nuno Rodrigues Nunes, que considerou "perfeitamente adequada" a medida de coação aplicada pela Justiça.

O detido, que se encontra em estado estável, "percebeu que cometeu um erro, o que é muito importante", considerou o advogado, concluindo: "Arrependimento haverá sempre."

Em comunicado divulgado na terça-feira, a Polícia Judiciária adiantou que o detido é “suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida”.

Em resposta aos jornalistas, Nuno Rodrigues Nunes disse ter a expectativa de que o seu constituinte seja declarado inimputável.

O advogado adiantou que o arguido se encontra "estável", segundo a indicação que tem recebido da mulher do suspeito.

Num comunicado divulgado ao final da manhã de terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) esclareceu que o detido é "suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida", tendo por base factos ocorridos em 26 de outubro de 2022 e que estavam também a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

"Uma aturada investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo permitiu chegar à identificação do presumível autor da prática dos mencionados crimes, tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova", referia a nota da PJ, que realça os "vastos antecedentes criminais" do suspeito.

As ameaças a Marcelo Rebelo de Sousa surgiram em outubro, numa carta enviada para a Casa Civil em que alegadamente era exigido o pagamento de um milhão de euros para não matar o chefe de Estado -- com indicação da conta bancária para onde deveria ser feita a transferência do dinheiro - e que incluía ainda uma bala.

O envelope com a carta e a bala foram então remetidos para a Unidade de Contraterrorismo da PJ e sujeitas a perícias no Laboratório de Polícia Científica.

Segundo a estação televisiva, a operação da PJ envolveu fortes medidas de segurança, uma vez que o suspeito detido terá antecedentes criminais associados a criminalidade violenta. 

[Notícia atualizada às 18h14]

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