Elvira Fortunato desafia investigadores a recorrerem mais a financiamento
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, desafiou hoje os investigadores portugueses a recorrerem "cada vez mais" às linhas de financiamento europeu, de modo a reforçar os próprios orçamentos nacionais.
© Global Imagens/Reinaldo Rodrigues
País Ministra da Ciência
"Além do investimento nacional, temos à nossa disposição financiamento europeu do atual programa Horizonte Europa. E que nós, investigadores, e vocês, docentes e investigadores, devem utilizar cada vez mais", afirmou Elvira Fortunato na Covilhã, onde hoje inaugurou a sala do Centro de Competências em Computação Avançada da Universidade da Beira Interior (UBI).
A iniciativa fez parte da ação "Governo mais próximo", que está a ser levada a cabo hoje e quinta-feira, no distrito de Castelo Branco, e que inclui a realização do Conselho de Ministros, além de muitas reuniões e visitas realizadas pelo primeiro-ministro, ministros e secretários de Estado.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destacou a importância do financiamento, quer ao nível do ensino superior, quer para o desenvolvimento da investigação e vincou que o Orçamento do Estado deste ano já integra um aumento.
Ainda assim, lembrou, é também importante que as instituições e investigadores sigam às linhas de financiamento para poderem candidatar e desenvolver projetos.
Lembrando que o programa Horizonte Europa para 2023/2024 tem cerca de 13,5 mil milhões de euros, Elvira Fortunato apontou ainda as possibilidades que os programas 'Digital Europe Programme' e 'Digital Skills' abrem para os centros de investigação e para as próprias universidades.
Disse também que a tutela está a trabalhar no aumento de quadros qualificados, de doutorados e de investigadores no setor empresarial, no setor público e no setor social, através do reforço de bolsas de doutoramento e de contratos de investigadores em contexto não académico, como sejam empresas, administração pública e entidades de foro social, entre outras.
A ministra destacou o facto de estar a ser realizado o 'Graduate Tracking Portugal 2022', o primeiro grande estudo nacional sobre diplomados do ensino superior, que pretende conhecer melhor a situação profissional dos diplomados e recolher indicações para reformular a oferta de formação inicial e ao longo da vida.
Elvira Fortunato vincou a importância da cooperação e das parcerias que a UBI tem desenvolvido, frisando que é uma "instituição de referência em áreas como a inteligência artificial, a cibersegurança, a saúde, as energias renováveis, a geociência, entre tantas outras fundamentais para a Europa".
Nesta sessão, o reitor da UBI, Mário Raposo, apontou o compromisso de fazer mais e melhor.
O Centro de Competências em Computação Avançada (3CA.UBI) é um ponto de partilha de conhecimento e de acesso a recursos de computação e de visualização de dados, para dotar a UBI de uma sala de partilha de resultados científicos num ecrã de grandes dimensões, fornecer meios materiais mais diretos de apoio ao acesso à rede nacional de computação avançada e cativar recursos humanos de apoio à atividade, bem como ser um "hub" de disseminação de chamadas de projetos e oportunidades de financiamento.
O 3CA.UBI resulta de um protocolo com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e representa um financiamento inicial de cem mil euros.
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