Meteorologia

  • 01 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 10º MÁX 16º

João Costa e medidas na Educação. "São precisos dois para dançar o tango"

O ministro da Educação, João Costa, convocou esta quarta-feira uma conferência de imprensa no Ministério da Educação, em Lisboa, na qual surgiu acompanhado pelo secretário de Estado da tutela, António Leite. Os responsáveis anunciaram algumas das medidas que estarão em cima da mesa nas negociações com os sindicatos nos próximos dias.

João Costa e medidas na Educação. "São precisos dois para dançar o tango"
Notícias ao Minuto

12:13 - 18/01/23 por Teresa Banha

País Educação

"A redução das áreas geográficas onde os professores são colocados é uma prioridade", afirmou, em declarações aos jornalistas a partir do Ministério da Educação, onde falou sobre o mote: "Aproximar, fixar, vincular".

João Costa, que se irá reunir com os sindicatos de professores na tarde desta quarta-feira e na próxima sexta-feira, falou de algumas medidas que o Governo 'fechou' para colocar em cima da mesa nas negociações com os sindicatos. "São precisos dois para dançar o tango. Esperamos que os nossos pares dancem connosco", referiu ao longo da sua intervenção.

João Costa anunciou, ainda, que uma das propostas diz respeito aos concursos, revelando que o Governo quer que fixar mais professores para que estes "deixem de ir a concurso de X em X anos".

O ministro lembrou que a proposta de alteração ao regime dos concursos não só permitia que os professores não fossem obrigados a fazer milhares de quilómetros para ir trabalhar, mas também impedia os docentes que estão satisfeitos com a sua colação de serem transferidos para outros locais.

O ministro garantiu, ainda, que uma das propostas aos sindicatos, com quem se tem vindo a reunir nos últimos dias, vão ao encontro da agilização da burocracia para os professores, estando planeada uma forma de "mapeamento exaustivo" para dar resposta a esta área.

Questionado sobre os impacto orçamental destas medidas anunciadas, João Costa explicou que está previsto um pacote de 100  milhões de euros para este ano. "É o valor que está associado a estas novas medidas, que tem que ser enquadrado num investimento continuado que temos vindo a fazer ao longo destes 7 anos. Tudo tem sido acrescento. Não demos passos atrás", justificou.

João Costa referiu, tal como o primeiro-ministro, que o Governo estava "de boa-fé" nas negociações. "Descongelámos as carreiras em 2018, isto permitiu que houve progressão para mais de 90% dos professores", referiu, acrescentando o Executivo fará de tudo para evitar novos congelamentos na carreira. "O que nós não queremos é voltar a ter um congelamento na carreira", garantiu.

Em relação às novas medidas, Costa garantiu que haverá uma "vinculação dinâmica" a partir de agora. "Se tiver um professor que acumula o tempo, mas tem sempre um horário de seis horas, isto significa que não corresponde a um horário inteiro de 22 horas", começou, rematando: "Faz com que, à medidas que as necessidades se tornem permanentes vamos vinculando os professores sem estar à procura de momentos extraordinários.

João Costa falou ressalvou ainda que há duas dimensões no âmbito desta vinculação dinâmica. "Precisamos de desprecarizar os professores, por dignidade, mas também temos que responder à falta de professores", notou

Em relação aos concursos, João Costa anunciou que em 2024 haverá um concurso que permitirá às pessoas "arrumar-se" em termos de previsibilidade e estabilidade, nomeadamente, em relação à geografia. "A partir daí, à medida que surgem vagas, a vaga abre e a pessoa pode concorrer", explicou, assemelhando este "concurso inaugural" ao funcionamento dos restantes setores da Administração Pública.

"Estamos a apresentar propostas de bom senso e que vão resolver problemas antigos", defendeu, quando questionado sobre se achava que estas propostas iam produzir frutos. "Aquilo que queremos garantir é que as escolas retomem normalidade", apontou,  lembrando que todas estas negociações acontecem na escola pública, "que nunca fecha a porta a ninguém".

[Notícia atualizada às 12h37]

Leia Também: Professores. "Se não houvesse boa fé, já teríamos suspendido negociações"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório