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Intempéries de dezembro causaram prejuízos de 3,9 milhões no Algarve

As intempéries registadas no início de dezembro no Algarve causaram prejuízos de 3,9 milhões de euros, afetando com mais intensidade sete dos 16 municípios, estimou hoje o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

Intempéries de dezembro causaram prejuízos de 3,9 milhões no Algarve
Notícias ao Minuto

19:42 - 17/01/23 por Lusa

País Mau tempo

O mau tempo registado nos dias 4 e 5 de dezembro no Algarve causou maiores prejuízos nos concelhos de Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Loulé, São Brás de Alportel e Silves, elencou José Apolinário durante a comissão parlamentar que tutela a Coesão Territorial sobre o trabalho realizado durante a fase de levantamento dos prejuízos.

A audição de José Apolinário, a pedido do PS, seguiu-se à da homóloga de Lisboa e Vale do Tejo - outra das zonas do país mais afetadas pelas fortes chuvas registadas no mês passado -, com o objetivo de apurar os prejuízos e como as instituições públicas fizeram o levantamento dos mesmos, em particular a articulação entre os membros do Governo e os municípios afetados.

"Diria que o impacto na região, globalmente, é de cerca de 3,9 milhões de euros, estimados à data atual. Alguns serviços, só depois de dia 30 é que fizeram chegar alguma informação mais detalhada. Estou a lembrar-me, por exemplo, da cobertura das Ruínas de Milreu [Estoi, concelho de Faro], que não tinha sido inicialmente identificada e só o foi depois pelos serviços da Direção Regional de Cultura", disse o presidente da CCDR do Algarve aos deputados da comissão.

O dirigente regional frisou que, desde o início dos fenómenos meteorológicos adversos, realizou "contactos informais com os presidentes de Câmara onde se registaram ocorrências" e indicou que houve "um registo de especiais ocorrências em sete municípios -- Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Loulé, São Brás de Alportel e Silves".

José Apolinário disse ter acompanhado no terreno, a partir da ocorrência dos fenómenos meteorológicos adversos, os danos causados pelas cheias no comércio e nas infraestruturas e equipamentos municipais, e adiantou que o levantamento obedeceu a "orientações e instruções, com base num 'template'", disponibilizado pela tutela, "para procurar uniformizar informação".

O trabalho realizado teve ainda por base "um modelo colaborativo", que José Apolinário designou de "modelo de aperto de mão", que serviu para "articular, por um lado, a relação entre as entidades da administração direta do Estado desconcentradas e as autarquias", e também "a articulação intersetorial dos serviços desconcentrados".

"Elaborámos um relatório, recolhemos informação em todos os municípios, partilhámos esse relatório com os 16 municípios, com serviços municipais de Proteção Civil, com a Autoridade de Proteção Civil, cruzámos e melhorámos dados e respostas em articulação com todas as autarquias, com o primeiro secretário da Comunidade Intermunicipal e, nesse sentido, no dia 30 de dezembro, submetemos uma primeira versão" ao Governo, contou aos deputados.

O presidente da CCDR disse que esse relatório identificou "os registos dados em termos de impacto nas infraestruturas municipais, nos equipamentos municipais e nas atividades económicas, por parte dos municípios", precisando que, do montante global de 3,9 milhões de euros de prejuízo, "mais de um milhão de euros resultam da atividade económica".

"Estamos a aguardar com expectativa a resolução [do Governo] e depois, como articulámos com o gabinete da senhora ministra [da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa], implementaremos uma verificação rigorosa das candidaturas", assegurou.

O dirigente frisou ainda que zonas historicamente de risco, com Albufeira, Quarteira ou Faro devem trabalhar em "rede" ao nível "supramunicipal" e até "com outras regiões", para poder implementar soluções estruturais que minimizem riscos através do acesso a fundos do Portugal 2030.

Durante a intempérie registada no início de dezembro, o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve registou 187 ocorrências relacionadas com o mau tempo, das quais 92 no concelho de Faro, o mais afetado.

A situação mobilizou, em todo o Algarve, 410 operacionais, apoiados por 168 veículos dos agentes de Proteção Civil e outras entidades, nomeadamente os corpos de bombeiros, com 308 operacionais, e os serviços municipais de Proteção Civil.

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