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Portugueses vão criticar "baixinho, para a família, na ceia de Natal"

O Presidente da República considerou hoje que os portugueses vão "provavelmente, baixinho, para a família, na ceia de Natal", criticá-lo e ao Governo pelas dificuldades que enfrentam, mas estão a tentar adaptar-se e "percebem porque a estabilidade é importante".

Portugueses vão criticar "baixinho, para a família, na ceia de Natal"
Notícias ao Minuto

19:01 - 21/12/22 por Lusa

País Presidente da República

No Palácio de Belém, em Lisboa, na tradicional cerimónia de apresentação de boas festas por parte do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa aconselhou quem exerce o poder a "não criar problemas adicionais aos problemas que já existem na vida do dia a dia".


Segundo o chefe de Estado, "os portugueses percebem porquê a estabilidade é importante" em momentos como este e desejam que não se junte mais "fatores de instabilidade" aos que já existem.

"O português joga no seguro. E jogar no seguro significa o quê? Significa que provavelmente, baixinho, para a família, na ceia de Natal, vai dizer muito mal do Presidente e um pouco mal do Governo, por causa da falta de dinheiro, por causa disto, da saúde, está ali o senhor ministro da Saúde a sorrir, mas por causa disto, daquilo, daqueloutro, vai dizer, mas depois o que é facto é que entretanto esteve a reajustar miraculosamente o seu modo de vida", disse.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que os portugueses, "com as ajudas sociais também, mas mesmo sem ajudas sociais", estão a ver como conseguem "aguentar esta situação da guerra" e os seus efeitos.

O Presidente da República sustentou que "isto é maturidade" e mostra "uma sabedoria de 900 anos", que foi visível no modo como os portugueses enfrentaram a pandemia de covid-19 e responderam aos recentes alertas da proteção civil por causa de chuvas intensas.

"Nós sabemos muito, muito que os outros estão a descobrir, onde os outros estão a chegar, nós já conhecemos e sabemos", afirmou.

O chefe de Estado defendeu que a estabilidade é "um fator positivo para Portugal" também em termos económicos, que contribui para o turismo e para o investimento estrangeiro, e que os órgãos de soberania "têm a responsabilidade de cuidar disso" através da cooperação institucional.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "já lá vão muitos anos" de convívio com António Costa como primeiro-ministro: "Três legislaturas, estamos na terceira, e dois mandatos presidenciais, estamos no segundo e último".

No fim do seu discurso, desejou "a todos, ao senhor primeiro-ministro, aos senhores ministros, a todos os portugueses o Natal possível e que o ano que vem seja melhor do que os últimos três anos", marcados pela pandemia de covid-19 e depois pela guerra na Ucrânia.

"E que para o ano nos encontremos aqui sem máscara, vivos e de boa saúde, com este espírito, não direi otimista, que isso é monopólio do senhor primeiro-ministro, mas proativo - eu continuo sempre muito moderado nos otimismos - e podendo dizer que, com guerra a durar ou já sem guerra, os efeitos na vida dos portugueses são ligeiramente melhores ou melhores mesmo ou francamente melhores, depende das circunstâncias, do que são neste Natal", completou.

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