O Presidente da República assinalou o Dia Internacional do Migrante, que se assinala este domingo, 18 de dezembro.

"As migrações e a realidade dos migrantes acentuam-se no tempo presente. Tempo de conflitos, de alterações climáticas e de insegurança alimentar, a que acresce uma complexa recuperação económica global", apontou Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota publicada no site da Presidência.

"É uma realidade que não podemos, nem queremos esquecer", realçou ainda o chefe de Estado, considerando que Portugal "é um país de emigração e de imigração".

Lembrando ainda que as migrações são algo que fazem parte do passado do País, Marcelo remata: "Vivemo-las no momento presente e irão continuar a marcar o nosso futuro".

O responsável sublinha também que a Organização Internacional das Migrações (OIM) atua no país desde 1976, e que a Presidência apoia a recandidatura de António Vitorino ao cargo de diretor-geral. "Uma missão que traduz a prioridade a uma abordagem humanista à realidade de milhões de pessoas em todo o mundo", lê-se.

"Uma em cada 30 pessoas no mundo é migrante. Aquela ou aquele que se distanciou do seu local de residência, dentro do seu próprio país ou atravessando fronteiras. Aquela ou aquele que está longe temporária ou permanentemente. Aquela ou aquele que migrou pelas mais variadas razões", descreve a nota do chefe de Estado, recordando também que a OIM enfatiza o "aumento significativo do número de deslocados internos, consequência de desastres naturais, conflitos e violência, sublinhando que esta realidade surge em paralelo com a redução geral na mobilidade global, decorrente das restrições associadas à pandemia Covid-19".

No âmbito desta data, também a Comissão Europeia e o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), e vice-presidente da mesma, Josep Borrell, defenderam hoje o aproveitamento do "imenso potencial" de uma migração "segura, legal e bem gerida".

"É um investimento na nossa economia e na nossa sociedade como um todo, apoiando áreas-chave como a transição ecológica e digital da UE e contribuindo para tornar a Europa mais competitiva, coesa e resiliente", afirmaram.

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