A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes criticou, esta madrugada, a notícia de que o Falcon da Força Aérea Portuguesa estará à disposição do Presidente da República, do presidente da Assembleia da República e do primeiro-ministro para as suas deslocações ao Qatar, onde decorre o Campeonato do Mundo de futebol, conforme avançou o Nascer do SOL na sua edição de 10 de dezembro.

"Falcon das FA para PR, PAR PM e outros membros do Governo irem e virem ao Catar ver a bola: desperdício, bandalheira, despautério, a gozar com cidadãos a empobrecer. Ide-vos catar", acusou Ana Gomes no Twitter.

Isto horas após, no seu espaço de comentário habitual na SIC Notícias, ter também criticado alguns casos de alegada corrupção no setor da Defesa nacional.

Falcon das FA para PR, PAR PM e outros membros do Governo irem e virem ao Catar ver a bola: desperdício, bandalheira, despautério, a gozar com cidadãos a empobrecer. Ide-vos catar!!!

— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) December 12, 2022

"A corrupção corrói a confiança dos cidadãos nas instituições", começou por acusar, falando dos altos quadros da Defesa nacional que, recentemente, foram acusados de alegados crimes económicos. Um caso, no entanto, que não "surpreende" Ana Gomes, recordando o caso dos submarinos de 2004. A eurodeputada lista ainda outros casos, como o da Pandur ou dos estaleiros de Viana do Castelo. Casos que "não deviam ser desvalorizados pelos governantes de maneira nenhuma", conforme considerou.

"Esperemos é que não tenham os mesmos desfechos de arquivamento que houve noutros casos, porque houve obviamente interesse político nesse âmbito", apelou ainda Ana Gomes.

No passado dia 6 de dezembro, a Polícia Judiciária (PJ) deteve cinco pessoas e constituiu 19 arguidos após ter executado, 59 mandados de busca, suspeitos "de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas". Em causa estiveram crimes alegadamente "realizados por parte de um Organismo da Administração Central a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros".

Entre os detidos estiveram "altos quadros da Defesa detidos por corrupção nas obras de hospital militar", conforme avançou, então, a CNN Portugal.

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