Ministro da Saúde rejeita "cenário de caos" nas urgências
Doentes não estão a ser atendidos "com a prontidão que seria desejada", admitiu Manuel Pizarro.
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País SNS
“Não acho que haja um cenário de caos, acho que há um cenário de dificuldades, mas as pessoas estão todas a ser atendidas”, disse o ministro da Saúde aos jornalistas esta manhã, logo após ter recebido o reforço da vacina da Covid-19, no Porto.
Admitiu, porém, que os doentes não estão a ser atendidos “com a prontidão que seria desejada”, Manuel Pizarro apelou à compreensão de utentes e familiares.
Falando em tempos de espera "absolutamente indesejáveis", deixou ainda uma mensagem de agradecimento a profissionais de saúde.
“O que está a acontecer neste momento é algo que, infelizmente, é habitual em Portugal. Há um fluxo excessivo às urgências, as alternativas não funcionam como desejaríamos e as dificuldades aumentam”, afirmou, asseverando que “a situação é pontual, mas isso não diminui a gravidade”.
Frisando sempre que as melhorias são visíveis, Pizarro disse que as dificuldades variam de hospital para hospital e que as medidas já implementadas impediram que a situação se descontrolasse.
O ministro da Saúde deixou ainda a mensagem, já amplamente asseverada pelo Governo, de que os serviços de urgência devem ser utilizados apenas para os casos urgentes, sendo que os restantes devem fazer-se valer do serviço do SNS 24.
Recorde-se que este fim-de-semana, vários hospitais sofreram perturbações nos serviços de urgência, com longos tempos de espera, sendo que Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, chegou mesmo a ter a urgência encerrada aos doentes encaminhados pela INEM.
Também as urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, solicitaram o desvio de doentes não críticos fora da área de influência daquela unidade hospitalar para outros hospitais por sobrelotação do serviço.
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