O presidente da Associação de Dinamização de Baixa Pombalina (ADBP), Manuel de Sousa Lopes, em declarações à agência Lusa, indica que tem "grande esperança de que os portugueses vão à Baixa-Chiado fazer as suas compras" e que, "em relação a 2021, as vendas estão normalizadas e estabilizadas em certos setores".
Segundo o representante, nos últimos meses tem havido algumas queixas por parte dos comerciantes, uma vez que os clientes estão em contenção de custos, face à inflação e ao aumento dos preços.
"Algumas queixas no sentido de haver um consumidor que neste momento, em vez de comprar duas camisas, compra uma", refere.
No entanto, Manuel de Sousa Lopes diz que "neste momento são queixas absolutamente suportáveis" e que os vendedores da Baixa ainda têm esperança de que os portugueses consumam de forma significativa. A meio de novembro, acrescenta, as pessoas já tinham começado a fazer compras de Natal.
Repetindo a palavra "esperança" para descrever as expectativas para a época natalícia, o presidente destaca a "excelente" oferta comercial oferecida na Baixa Pombalina, "atrativa e apetitosa", por dispor de "produtos que noutras zonas comerciais não existem".
Quanto às luzes de Natal, Manuel de Sousa Lopes salienta a sua importância para atraírem mais consumidores à zona, mas discorda do prolongamento da iluminação até meio de janeiro, dizendo que faria mais sentido estarem acesas só durante o mês de dezembro: "Em termos de vendas é o mês que conta mais."
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Também o presidente da Associação de Valorização do Chiado, Victor Silva, se mostrou já confiante em relação às vendas de Natal naquela zona, mas assumiu estar preocupado com o primeiro trimestre de 2023, antevendo que venha a ser difícil.
Em declarações à agência Lusa, o representante considerou que o Natal irá correr bem e que as famílias vão manter a tradição de ir ao Chiado passear, ver a iluminação, a decoração das lojas, fazer as suas compras.
"Eu penso que o Natal irá correr bem. Temos tido turismo nesta época do ano e tem compensado. Preocupa-me mais a entrada do ano. Já aconteceu no ano passado que até correu bem [o Natal] e depois em janeiro e fevereiro pioraram. Portanto, preocupa-me o primeiro trimestre", disse.
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