"Deixem-me ser bastante claro, como já dissemos repetidamente: nós não procuramos um conflito com a China. Pelo contrário, queremos evitá-lo. Não queremos uma nova Guerra Fria, não procuramos dissociar as nossas economias. Estamos apenas a procurar ter uma visão clara em relação a alguns desafios que a China coloca, e em certificar-nos de que, ao abordar esses desafios, estamos a fazê-lo com outros. Tudo o que ouvi hoje reforça a convergência nesse ponto", declarou Antony Blinken.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América falava, em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho do Atlântico Norte que juntou os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO no Palácio do Parlamento, em Bucareste, e termina hoje.
"O que tenho visto, não apenas na NATO mas também na União Europeia e noutras partes do mundo, é uma convergência crescente na abordagem aos desafios colocados pela China", acrescentou.
O governante norte-americano reconheceu a "complexidade" da relação com a China mas salientou o facto de existirem áreas nas quais é importante "encontrar formas de cooperar", como clima ou a saúde global.
Antony Blinken lembrou que o Conceito Estratégico aprovado na cimeira de Madrid, em junho, refere pela primeira vez a China.
Nesse documento, a NATO declarou a Rússia como a principal ameaça à segurança euro-atlântica e incluiu as preocupações com a China, referindo que Pequim "declarou ambições e políticas coercivas", desafiando os "interesses, segurança e valores" dos aliados.
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