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Ativistas pelo clima acusados de desobediência voltam a tribunal dia 9

No Campus da Justiça, em Lisboa, os manifestantes consideraram, ontem, que as suas detenções pela Polícia de Segurança Pública, no dia 11, resultaram de uma "decisão arbitrária".

Ativistas pelo clima acusados de desobediência voltam a tribunal dia 9
Notícias ao Minuto

11:30 - 30/11/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Ativistas

Os quatro ativistas do 'Fim ao Fóssil: Ocupa!' que foram detidos na Faculdade de Letras tiveram a primeira audiência do julgamento ontem, 29 de novembro, no Campus da Justiça, em Lisboa, e irão regressar a tribunal no próximo dia 9, pelas 9 horas. A informação foi revelada pelo movimento, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

Na nota, os manifestantes dão ainda conta de que os estudantes da Faculdade de Letras "estão a enfrentar a acusação de desobediência civil por parte do Ministério Público, após terem sido removidos da ocupação pacífica e detidos pela Polícia de Segurança Pública na noite de 11 de novembro, ordem dada pelo diretor Miguel Tamen".

E embora inicialmente "estivessem acusados também de introdução em local vedado ao público", a "acusação foi suspensa", uma vez que "seria necessário a Universidade de Lisboa apresentar uma queixa formal, que não se verificou".

Na audiência de ontem, foram ouvidos os estudantes e como várias testemunhas, entre elas um membro do Conselho Geral da Universidade de Lisboa. "Na resolução lida à porta do tribunal à manifestação em solidariedade e aos jornalistas, o Conselho Geral admite que 'não foi dado conhecimento nem pedida autorização ao Magnífico Reitor' para chamar a polícia e que a intervenção policial 'sem que existisse ou estivesse iminente qualquer crime ou ameaça pública' na Universidade, 'motivo de grande perplexidade e indignação por parte deste órgão e da comunidade académica'", é referido na mesma nota.

Ativistas em julgamento criticam "decisão arbitrária"

Os quatro ativistas climáticos do movimento 'Fim ao Fóssil-Ocupa!' a serem julgados por desobediência civil consideraram ontem que as suas detenções pela Polícia de Segurança Pública (PSP), no dia 11, resultaram de uma "decisão arbitrária".

Os quatro jovens - conhecidos no meio estudantil por 'Ana', 'Nemo', 'Artur' e 'Mateus' - alegaram perante o juiz do Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa que não estavam a incomodar ninguém com o "protesto pacífico" em defesa do clima, que já durava desde 7 de novembro, com autorização de pernoitarem naquela universidade, quando quatro dias depois, numa sexta-feira, foram confrontados com a intervenção policial para os retirar daquele espaço até às 22h00, a mando do diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Miguel Tamen.

Ouvido pelo tribunal, Tamen alegou que na base do seu pedido dirigido à PSP estiveram queixas relacionadas com a perturbação das aulas causadas pelos manifestantes, mas, em resposta ao juiz, acabou por admitir que, independentemente disso, "era insustentável" ter pessoas a pernoitar no fim de semana na Faculdade de Letras porque ao sábado e domingo a universidade fica "sem segurança".

Leia Também: Manifestação solidária no Campus de Justiça por ativistas em julgamento

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