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No Linhó, há reclusos que se expressam através da dança. Eis a história

Estão a preparar um espetáculo que mostrarão dentro do estabelecimento prisional.

No Linhó, há reclusos que se expressam através da dança. Eis a história
Notícias ao Minuto

10:52 - 28/11/22 por Notícias ao Minuto

País Linhó

A cumprir pena no Linhó, um estabelecimento prisional 'às portas' de Lisboa, há seis homens que se expressam através da dança. A Agência France-Presse fez uma reportagem nesta "prisão de alta segurança", onde alguns os reclusos "se movem graciosamente numa série de movimentos improvisados, seguindo o ritmo da música". 

O espaço que antes era uma capela foi transformado e é, agora, um estúdio de dança contemporânea, onde "os reclusos dançam livremente com um objeto da sua escolha: um lenço, uma bola, um saco de plástico ou uma lâmpada". 

O projeto, conta a France 24 no texto publicado online, começou em abril de 2019 para ajudar a mudar o 'mindset' de alguns dos reclusos mais novos. Um dos que falou à agência, Manuel Antunes, de 30 anos, referiu: "Quando estamos aqui sentimos que não estamos numa prisão. Podemos deixar-nos ir, levados pelo momento e por aquilo que sentimos". 

Outro, Fábio Tavares, de 28 anos, nunca se tinha interessado pela dança e pensava mesmo que ingressar neste projeto "seria inútil". "Mas a dança e as discussões que aqui temos ajudaram-me a ver as coisas de forma diferente".

Também à France-Presse, a professora, Catarina Câmara, adianta que, apesar de considerar que "seria muito ingénuo dizer que praticar uma arte salva pessoas", está convicta de que esta, "combinada com outros fatores, pode ser decisiva numa mudança na vida de alguém". 

Agora, os dançarinos estão a preparar um espetáculo que mostrarão dentro do estabelecimento prisional. 

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