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Exército reinicia curso de Comandos com despiste a estimulantes

Depois da polémica com o militar que acabou no hospital a ser transplantado, o Exército diz que todos os formandos foram "submetidos às ações de controlo médico adequadas".

Exército reinicia curso de Comandos com despiste a estimulantes
Notícias ao Minuto

18:15 - 24/11/22 por Notícias ao Minuto

País Comandos

O curso 138.º foi suspenso a 10 de setembro após dois instruendos terem sido hospitalizados e um deles submetido a um transplante de fígado. Um Grupo de trabalho revisou o Curso de Comandos e este reinicia agora a 28 de novembro de 2022.

Na sequência da Inspeção Técnica Extraordinária ao Curso de Comandos foi constituído um Grupo de Trabalho, multidisciplinar, coordenado por um Oficial Superior da Inspeção-Geral do Exército e composto por Oficiais Superiores, de diferentes âmbitos de expertise, oriundos das áreas operacional, formação militar, saúde militar e psicologia militar.

Segundo comunicado do Exército, "estes militares desenvolveram as ações conducentes à apresentação de propostas, ao General Chefe do Estado-Maior do Exército, relativas a alterações do Referencial do Curso de Comandos, a atualização de normativos e procedimentos, e à definição das ações de controlo médico, físico e psicológico a executar, antes, durante e após a frequência do Curso de Comandos, necessárias para garantir a continuada aptidão dos formandos para responder às solicitações do curso".

O comunicado avança ainda que o Curso de Comandos sofreu alterações, tais como:

  • O reforço da monitorização sanitária e controlo do estado de saúde ao longo curso, atualização da gestão de risco e do programa de desenvolvimento de robustez psicológica;
  • Adequação do faseamento do curso, "de modo a garantir a progressividade da formação e a salvaguarda da integridade física, psicológica e sanitária dos formandos, considerando uma fase preparatória para aclimatização, monitorização, testagem e adaptação gradativa dos militares à dinâmica das exigências do Curso":
  • Reajustamento da duração do Curso, de 16 para 17 semanas.

Já relativamente à atualização dos normativos e procedimentos inerentes ao Curso de Comandos, as alterações consistem em:

  • Incremento da abrangência de preparação dos formadores do Curso, com a inclusão de sessões fundamentais, no âmbito da gestão do risco, fisiologia do Esforço, stress térmico e lesões de calor, e de avaliação dos indicadores de stress psicológico em contexto de treino de alta intensidade;
  • Reformulação da equipa de formadores do 138.º Curso de Comandos, salientando-se o facto de não estarem integrados na referida relação os três militares aos quais foram instaurados processos disciplinares decorrentes dos acontecimentos ocorridos no início do Curso;

Relativamente às ações de controlo médico, as medidas adotadas consubstanciam-se no seguinte:

  • Ampliação da abrangência dos exames médicos, nas fases de admissão e de frequência do Curso de Comandos, incluindo testagem serológica para SARS-CoV-2 e análises de despiste de substâncias estimulantes, narcótico-analgésicas, anabolizantes, diuréticas e hormonais dos candidatos e formandos;
  • Acréscimo do recurso a meios tecnológicos (sensores biométricos) para monitorização, segurança e avaliação fisiológica dos formandos, com vista a um maior controlo da imprevisibilidade, de provas que exigem um maior esforço físico e psicológico dos formandos.

Por sim, a missiva denota que o curso irá reiniciar com o efetivo de 36 formandos, "os quais foram submetidos às ações de controlo médico adequadas".

Leia Também: Comandos. Exército instaura processos disciplinares a três instrutores

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