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Lisboa. Inaugurada casa de acolhimento de vítimas de violência doméstica

O Espaço Júlia, um projeto social de apoio às vítimas de violência doméstica na freguesia de Santo António, em Lisboa, inaugurou hoje um apartamento de acolhimento temporário para vítimas que se encontram em "risco elevado".

Lisboa. Inaugurada casa de acolhimento de vítimas de violência doméstica
Notícias ao Minuto

18:50 - 15/11/22 por Lusa

País Violência doméstica

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, informou que o espaço de acolhimento é um T2 com várias camas beliche num dos quartos, duas camas individuais num outro quarto e um sofá-cama, onde será possível acolher, além das vítimas adultas, crianças, recém-nascidos e animais.

O Espaço Júlia - RIAV (Resposta Integrada de Apoio à Vítima) é um espaço de atendimento que funciona 24 horas por dia, durante todo o ano, na Rua Luciano Cordeiro.

Nasceu de uma parceria entre a Polícia de Segurança Pública (PSP), o Centro Hospitalar de Lisboa Central e a freguesia lisboeta, e tem como objetivo a intervenção direta nas denúncias deste crime em articulação com as diversas entidades.

O espaço hoje inaugurado -- o primeiro do projeto para acolhimento - pretende dar resposta aos casos de vítimas de "risco elevado" de violência doméstica, avaliados pela técnica de serviço do Espaço Júlia e pela polícia no local, sem "dependerem de uma vaga na Santa Casa para aquele momento", explicou Vasco Morgado.

O autarca revelou que esta é a primeira vez que a Câmara de Lisboa dá resposta a um pedido feito "há muito tempo" e que este apoio habitacional irá permitir, "de uma forma mais ordeira e escalonada, arranjar uma casa de abrigo [para acolhimento permanente] para a pessoa ou para as pessoas que necessitem".

As vítimas podem ficar no T2 "os dias suficientes para a situação da casa de abrigo ser despoletada", ou seja, para a vaga no acolhimento permanente ser atribuída.

Presente na inauguração, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou que a autarquia dará ao Espaço Júlia todo o apoio necessário.

"Eu penso que o Espaço Júlia deveria existir noutras freguesias. É um projeto-piloto que poderá ser estendido para toda a cidade, mas também para todo o país, porque realmente temos que combater estes problemas, defender aqueles que precisam de ser defendidos e proteger os que estão a sofrer", disse hoje Carlos Moedas.

O nome do projeto traduz-se numa homenagem a uma idosa, de 77 anos, que vivia na Rua Luciano Cordeiro e foi assassinada, em setembro de 2011, pelo marido, com quem era casada há mais de 30 anos.

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