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Primeiro-ministro lembra grande vulto da cultura portuguesa

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, enalteceu hoje Vasco Graça Moura, como "um dos grandes vultos da cultura portuguesa", uma "alma muito viva no plano cívico, cultural e filosófico".

Primeiro-ministro lembra grande vulto da cultura portuguesa
Notícias ao Minuto

21:21 - 27/04/14 por Lusa

País Graça Moura

"É um dia de luto para a cultura portuguesa e para vida cívica nacional. Vasco Graça Moura foi, realmente, um dos grandes vultos da cultura portuguesa, um dos grandes nomes que a cultura, a língua, nas letras nacionais mais se evidenciaram", afirmou Passos Coelho aos jornalistas.

O chefe de Governo fazia uma declaração à imprensa à entrada para a Basílica da Estrela, em Lisboa, onde decorre o velório de Vasco Graça Moura.

"Foi também alguém que foi uma alma muito viva no plano cívico, cultural, filosófico, até, um europeu em todo o seu esplendor, um homem que traduziu importantes autores da cultura europeia e do pensamento europeu", declarou.

O primeiro-ministro disse que Vasco Graça Moura "foi também alguém que participou ativamente na construção política europeia, um nome dos maiores da nossa cultura".

"Encontrava-se doente já há bastante tempo e veio a falecer, vencido pelo cancro", referiu.

"Foi um homem que trabalhou com uma dignidade extraordinária, era o presidente da fundação do CCB, e até ao fim da sua vida conseguiu interessar-se pela vida do Centro Cultural de Belém, dirigir o próprio centro", declarou.

O chefe de Governo disse que o unia a Graça Moura uma "grande amizade" expressou "profundas condolências" à família, afirmando que a memória do país "não afastará um legado tao importante" como aquele deixado pelo poeta, ensaísta, romancista e tradutor.

O secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, também se deslocou à Basílica da Estrela, bem como o antigo ministro das Finanças Vítor Gaspar, que chegou pouco depois de Passos Coelho.

Vasco Graça Moura, de 72 anos, morreu ao fim da manhã de hoje em Lisboa, disse à agência Lusa fonte do Centro Cultural de Belém (CCB).

Formado em Direito, Graça Moura integrou dois governos provisórios e foi eurodeputado pelas listas do PSD entre 1999 e 2009.

Poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e tradutor de clássicos, Vasco Graça Moura estreou-se nas letras com "Modo mudando", em 1962. Publicou, entre outros, "A sombra das figuras" (1985), "A furiosa paixão pelo tangível" (1987), "Testamento de VGM" (2001) e "Os nossos tristes assuntos" (2006). Reuniu a "Poesia toda", em dois volumes num total de mais de mil páginas, em 2012.

Recebeu o Prémio Pessoa e o Prémio Vergílio Ferreira, os prémios de Poesia do PEN Clube Português e da Associação Portuguesa de Escritores, que também lhe atribuiu o Grande Prémio de Romance e Novela, entre outras distinções.

Foi diretor do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, diretor da Fundação Casa de Mateus, presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Em janeiro de 2012, substituiu António Mega Ferreira na presidência da Fundação Centro Cultural de Belém.

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