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"Basta haver uma situação de dor e sofrimento para ser inaceitável"

À CNN Portugal, Miguel Relvas comentou as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre os abusos sexuais na Igreja, que geraram polémica na esfera pública.

"Basta haver uma situação de dor e sofrimento para ser inaceitável"
Notícias ao Minuto

09:36 - 13/10/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Relvas

Miguel Relvas esteve no seu espaço de comentário na CNN Portugal, onde manifestou opinião sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa proferidas no âmbito do balanço revelado pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos de Menores na Igreja, de que existem 424 denúncias validadas em Portugal.

O comentador acredita que o Presidente da República foi "muito infeliz em todo este processo", indicou o ex-deputado do PSD, referindo-se ao facto de o chefe de Estado ter afirmado que o número de queixas apresentadas não era "particularmente elevado" - uma afirmação que lhe mereceu, já, duas explicações.

“Tenho saudades do primeiro mandato deste Presidente da República, em quem eu votei e apoiei. Tem tido um comportamento muito instável”, refere à mesma estação.

Miguel Relvas termina o seu comentário referindo que “basta haver uma situação de dor e sofrimento para ser inaceitável”.

Recorde-se que, na terça-feira, questionado sobre a recolha de 424 testemunhos de abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica em Portugal, o Presidente da República afirmou não estar surpreendido, salientou que "não há limite de tempo para estas queixas" que têm estado a ser recolhidas, algumas relativas "há 60 ou há 70 ou há 80 anos".

"Significa que estamos perante um universo de pessoas que se relacionou com a Igreja Católica de milhões ou muitas centenas de milhares", prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa, concluindo: "Haver 400 casos não me parece que seja particularmente elevado, porque noutros países e com horizontes mais pequenos houve milhares de casos".

Face às críticas que as suas declarações suscitaram - foram condenadas de imediato nas redes sociais incluindo por dirigentes e deputados de PS, Chega, IL, BE, PAN e Livre -, o chefe de Estado divulgou uma nota a afirmar "este número não parece particularmente elevado face à provável triste realidade, quer em Portugal, quer pelo mundo", admitindo que "terá havido também números muito superiores em Portugal".

Depois, o Presidente da República falou para a RTP e para a SIC a reforçar a mesma mensagem, reiterando que 424 queixas lhe parece um número "curto", declarando que aceita democraticamente as críticas que recebeu, mas não as compreende.

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