"Sistema falhou gravemente" com doente que morreu à espera de cirurgia
Ministro da Saúde comentou o caso de um paciente com cancro no intestino que acabou por morrer após mais de seis meses à espera de uma cirurgia urgente.
© Global Imagens
País Ministro da Saúde
O ministro da Saúde lamentou, na noite desta quarta-feira, o caso do doente oncológico que acabou por morrer, no Norte do país, após seis meses à espera de uma cirurgia urgente.
"O sistema de saúde falhou gravemente em relação a essa pessoa. Temos de tomar medidas para que casos como esse não se repitam", afirmou Manuel Pizarro em entrevista à RTP3.
Apesar de a Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras ter aceitado um vale de cirurgia emitido pelo Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), o hospital Santo Agostinho veio depois dizer não ter condições para a realizar. O doente em causa - com cancro intestinal, e que deveria ter sido submetido à cirurgia no prazo máximo de 45 dias - acabou por morrer a 3 de setembro de 2021, sem nunca ter sido operado.
Questionado sobre o caso, o ministro afirmou não poder comentá-lo em concreto sem ser "para lamentar que isso possa ter acontecido, se aconteceu nesses termos".
"Se aconteceu nesses termos quer dizer que qualquer coisa de muito grave falhou no nosso sistema e o que nós temos de ter é um sistema de alertas que impeça a repetição de casos como estes", salientou.
"Os progressos tecnológicos e científicos na área da saúde são espantosos; isso fez com que a população seja mais atenta e mais exigente, mas essa não é a questão. A questão é que temos a obrigação de prestar ao maior número de pessoas esses cuidados de forma mais atempada", concluiu.
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