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OE2023 "torna possível gerir o SNS" e "dar resposta maior às pessoas"

O ministro da Saúde abordou a proposta do Orçamento do Estado para 2023, bem como o fecho de maternidades, considerando que os casos de grávidas que tiveram de viajar vários quilómetros são "problemas pontuais".

OE2023 "torna possível gerir o SNS" e "dar resposta maior às pessoas"
Notícias ao Minuto

23:57 - 12/10/22 por Notícias ao Minuto

País Manuel Pizarro

O ministro da Saúde recentemente empossado, Manuel Pizarro, garantiu que a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2023 do Governo é um orçamento que "torna possível gerir o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", argumentando que o maior aumento de sempre no investimento na saúde irá ser complementando por uma melhor gestão.

Manuel Pizarro disse ainda, na Grande Entrevista, da RTP, que o OE para a saúde, que prevê um investimento de quase 15 mil milhões de euros, é "um esforço enorme do Governo e dos portugueses para reconhecer a centralidade do SNS e da saúde em geral na nossa vida coletiva".

"Haverá sempre dificuldades aqui ou ali, mas este é um orçamento que torna possível gerir o SNS e é um aumento que vem em continuidade com os aumentos que têm ocorrido desde 2016. Ano após ano, tem havido um reforço orçamental muito significativo", disse Manuel Pizarro, argumento que o OE permite ainda "dar uma resposta maior às pessoas".

O novo ministro da Saúde, que assumiu o cargo em setembro depois da demissão de Marta Temido, valorizou a criação da direção executiva do SNS, acreditando que Governo e direção do SNS liderão com a "grande responsabilidade" e aproveitando para elogiar Fernando Araújo.

"O maior aumento de sempre dá uma grande responsabilidade para quem está a gerir o SNS. Há que saber em que vamos gastar esse dinheiro: não se trata apenas de ter mais recursos, trata-se de os utilizar de uma forma mais adequada às necessidade das pessoas", afirmou.

Fecho de maternidades? "Até ao final do ano, seguramente que não"

Depois de um verão marcado pelos encerramentos constantes de urgências de obstetrícia e ginecologia, o ministro da Saúde começou por responder sobre o possível encerramento de maternidades, nomeadamente nos hospitais de Vila Franca de Xira, Barreiro, Guarda, Castelo Branco, Famalicão e Póvoa do Varzim - segundo a proposta da comissão de peritos que estudou solução para os problemas nas urgências destes setores do SNS.

Manuel Pizarro desvalorizou a questão, vincando que não está "nada interessado no tema das maternidades".

"Estou interessado em garantir que o sistema público de maternidades funciona de forma adequada. Se há setor onde a democracia e o SNS foram bem sucedidos é mesmo na saúde das mães e crianças. Passamos de uma posição muito desfavorável antes do 25 de Abril para hoje sermos um dos melhores páises do mundo nessa matéria, e é preciso continuar para ser assim", reiterou o governante.

Pizarro reafirmou, portanto, que o Governo não irá fechar nenhum serviço de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do SNS até ao final do ano, decisão que só será tomada no inicio de 2023, depois de o executivo fazer "uma avaliação criteriosa desse estudo técnico".

"Vamos envolver a direção executiva do SNS e não tomaremos uma decisão nos próximos meses. Até ao final do ano, seguramente que não. Essa decisão será tomada tranquilamente, no início do próximo ano", garantiu Pizarro, acrescentando que percebe a "perturbação", mas diz que é "exterior a este ambiente de alarmismo".

Sobre os casos no verão de grávidas que, em alguns casos, deslocaram-se centenas de quilómetros para irem a uma urgência de obstetrícia - sendo que uma mulher morreu mesmo, em agosto, depois ter sido transferida entre hospitais de Lisboa -, o ministro da Saúde lamenta os "problemas pontuais" mas, salienta, "as portuguesas podem continuar a confiar que Portugal é um país bom e seguro para se ser mãe".

Leia Também: Parlamento aprova audição do ministro da Saúde sobre Estatuto do SNS

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