"O fascismo matou até ao fim". Ribeiro Santos foi assassinado há 50 anos
Estudante, de 26 anos, foi morto a tiro por um agente da PIDE durante um encontro de universitários contra a opressão do regime.
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País Ditadura
Assinala-se esta quarta-feira, dia 12 de outubro, 50 anos do homicídio do estudante José Ribeiro Santos, de 26 anos, que dedicou a sua curta vida à luta contra a ditadura.
Nas redes sociais, são muitos que recordam a data e homenageiam o aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa que foi morto a tiro por um agente da PIDE, durante um encontro de universitários contra a opressão do regime, a 12 de outubro de 1972.
O Presidente da Assembleia da República é um dos que lembrou a data no Twitter. "Há 50 anos, o estudante Ribeiro Santos foi assassinado pela polícia política do Estado Novo. Isso fez aumentar a consciência e a militância antifascista entre os universitários portugueses. Celebrar a democracia é também honrar a memória dos que caíram a lutar contra a ditadura", escreveu Augusto Santos Silva.
Há 50 anos, o estudante Ribeiro Santos foi assassinado pela polícia política do Estado Novo. Isso fez aumentar a consciência e a militância antifascista entre os universitários portugueses. Celebrar a democracia é também honrar a memória dos que caíram a lutar contra a ditadura.
— Augusto Santos Silva (@ASantosSilvaPAR) October 12, 2022
Já os Jovens do Bloco partilharam não só uma imagem de Ribeiro Santos, como uma breve descrição do estudante: "José António Santos nasceu em 1946. Era descrito pelos seus amigos como um rapaz jovial, um orador cativante e um lutador dedicado. Começou o seu percurso de resistência à ditadura quando ainda estudava no Liceu Pedro Nunes, continuando a luta, mais tarde, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa".
Assinalamos hoje os 50 anos do assassinato de Ribeiro Santos às mãos da PIDE/DGS.
— Jovens do Bloco (@jovensdobloco) October 12, 2022
Nascido em 1946, o seu percurso de resistência à ditadura inicia-se ainda durante a frequência do ensino liceal e intensifica-se na Universidade de Direito da Universidade de Lisboa. pic.twitter.com/dhfz2cph2S
Ana Gomes também relembrou Ribeiro Santos, através de uma foto do seu funeral, onde estava a polícia de choque.
Funeral de José António Ribeiro Santos cercado pela polícia, 14 de outubro de 1972 (ANTT). Entre um polícia de choque de capacete e a urna, distingue-se António Manuel Monteiro Cardoso e, ao fundo, junto à parede, Danilo Matos. https://t.co/tiOAwZ09iv
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) October 12, 2022
Já Leonor Rosas, deputada bloquista da Assembleia Municipal de Lisboa, pede que "não nos esquecemos" de José Ribeiro Santos pois "o fascismo português matou até ao fim".
Hoje, há cinquenta anos, José Ribeiro Santos, estudante de 26 anos, era assassinado pela PIDE com um tiro pelas costas. Junto com os seus camaradas, estava num protesto no ISEG contra a Guerra Colonial e a ditadura. Não nos esquecemos dele. O fascismo português matou até ao fim.
— Leonor Rosas (@LeonorRosas4) October 12, 2022
Além destes, muitos outros nomes, anónimos e não só, recordaram hoje o homicídio deste aluno revolucionário.
Para assinalar a data, a RTP2 vai transmitir, esta noite, às 23h47, o documentário ‘12 de outubro de 1972: o Dia em que Perdemos o Medo’.
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