Marcelo pede ao Parlamento "clarificação" da lei das incompatibilidades

Presidente da República quer acabar com este "emaranhado legislativo complexo" que "tem suscitado ampla controvérsia na sociedade portuguesa".

marcelo rebelo de sousa e tino de rans

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Notícias ao Minuto
12/10/2022 10:47 ‧ 12/10/2022 por Notícias ao Minuto

País

Lei das Incompatibilidades

O Presidente da República solicitou, esta quarta-feira, à Assembleia da República (AR) a "clarificação" da lei das incompatibilidades, numa altura em que se discute casos que envolvem dois membros do atual Governo: Ana Abrunhosa e Pedro Nuno Santos.

Numa nota partilhada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa revela que pediu à Assembleia da República "a revisão da legislação em vigor referente à matéria do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, suas obrigações declarativas e respetivo regime sancionatório".

O Chefe de Estado pretende assim que esta lei se traduza "num corpo único e claro que regule, nomeadamente, o exercício dos cargos, respetivos processos decisórios, suas relações familiares e outras, assim eliminado as dúvidas interpretativas ou obscuridades que ainda subsistam".

Desta forma, o Presidente da República pretende acabar com este "emaranhado legislativo complexo" que "tem suscitado ampla controvérsia na sociedade portuguesa, numa matéria essencial para a confiança dos cidadãos nas instituições, a qual resulta de uma imposição constitucional, dúvidas essas que foram expressas, inclusivamente, pelo Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República".

Recorde-se que uma empresa detida pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e pelo seu pai beneficiou de um contrato público por ajuste direto. O ministério que tutela garantiu não existir "nenhuma incompatibilidade", contudo, o caso deu muita celeuma.

Já Ana Abrunhosa viu-se envolvida em polémica depois de o Observador ter noticiado que a Thermalvet, detida a 40% pelo marido da ministra da Coesão Territorial, recebeu 133 mil euros de um total de 303.275 euros, o que corresponde a mais de um terço dos fundos comunitários recebidos pelo país. Esta empresa foi fundada em outubro de 2020, 15 dias antes do arranque do projeto.

Leia Também: Marcelo vai pedir ao Parlamento revisão da lei das incompatibilidades

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