"Estou consciente das reivindicações. Temos estado a conversar com os guardas prisionais. O direito à greve é um direito constitucionalmente protegido. Naturalmente que nós respeitamos. Mas estamos a conversar", afirmou.
A governante falava hoje aos jornalistas após uma visita ao estabelecimento prisional de Ponta Delgada, nos Açores, no âmbito da deslocação que está a realizar à região.
A ministra foi recebida com uma tarja onde se lia "Os guardas continuam à espera", do Sindicato Nacional Corpo Guarda Prisional.
Os guardas prisionais iniciaram este mês um período de greve às diligências, como o transporte de reclusos em situações não urgentes, que se prevê que seja renovado semanalmente até ao final do ano.
A 01 de setembro, dia de início, a greve registou uma adesão de cerca de 80%, segundo disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).
Segundo adiantou Carlos Sousa, a greve às diligências prende-se com "duas das reivindicações mais prementes" dos guardas prisionais, a primeira das quais relacionada com promoções, pois existem "guardas com 22 anos de serviço que ainda não foram promovidos".
A segunda reivindicação resulta do facto de o sistema de avaliação da classe, prevista desde 2014, não ter sido ainda regulamentado.
Atualmente, existem pouco mais de 4.100 guardas prisionais para os 49 estabelecimentos prisionais (EP) centrais, regionais e especiais do país, calculando o sindicato que há um défice de perto de um milhar de guardas nas cadeias.
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