O primeiro-ministro, António Costa, frisou, esta terça-feira, que a guerra na Ucrânia "tem de terminar" e que a diplomacia pode ser a chave para isso mesmo.
O chefe do governo português falou à margem da sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas e lembrou as consequências que a invasão russa está a provocar não só na Ucrânia.
"Não podemos ignorar as consequências globais dramáticas que esta guerra está a ter", começou por apontar acrescentando que a intervenção do presidente da União Africana na ONU "foi muito clara sobre as consequências gravíssimas que a guerra está a ter no continente africano".
"A guerra não é só contra a Ucrânia, está a ter consequências gravíssimas em termos internacionais", frisou.
Quanto à participação de Sergey Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, no Conselho Extraordinário de Segurança, Costa defende que "todos os pontos de diálogo são sinais positivos".
"Esta guerra tem de terminar, com o restabelecimento do direito internacional, e há aqui um esforço grande que a diplomacia pode desenvolver. Por um lado no apoio bilateral que a generalidade dos países tem andado na condenação à guerra da Rússia contra a Ucrânia (...), mas há um longo caminho que temos de percorrer ainda para atingirmos a paz", acrescentou.
Costa defendeu ainda que a posição de Portugal face à guerra é clara e sublinha que "mantivemos sempre as portas abertas ao diálogo com a Rússia" e que esse diálogo "contribua positivamente para o que é essencial" que é pôr fim à guerra.
[Notícia atualizada às 16h33]
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